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Brasília

Advogado de Hage diz que prisão preventiva é “medida absurda”

Eduardo Hage foi preso durante desdobramentos da operação que apura fraudes na compra de testes de detecção do novo coronavírus

Aline Rocha

25/08/2020 18h57

Subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Hage

Hage foi o único da cúpula da Saúde a conseguir habeas corpus. Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O advogado do subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Eduardo Hage, afirmou que a medida de prisão preventiva a qual Hage foi submetido é “absurda”. Segundo Marcelo Moura Souza, o sigilo do inquérito só foi levantado no final da tarde, liberando o acesso dos advogados aos autos.

“A partir de agora é que poderão ser tomadas as providências. O que Eduardo Hage Carmo quer é saber do que está sendo acusado, para que possa prestar todos os esclarecimentos e ver cessada essa medida absurda de que foi vítima”, afirmou Souza.

Eduardo Hage foi preso durante desdobramentos da operação que apura fraudes na compra de testes de detecção do novo coronavírus. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), responsável pela ação, alguns servidores estariam se organizando para fraudar licitações e comprar testes IgG/IgM de baixa qualidade e com preços superfaturados.

Duas compras de testes são investigadas pelo MPDFT. Em uma delas, a fornecedora dos exames é uma empresa do ramo de brinquedos infantis. Ao todo, o prejuízo aos cofres públicos do DF gira em torno de R$ 18 milhões.

Além de Hage, foram presos preventivamente os seguintes membros da cúpula da Secretaria:

  • Francisco Araújo, Secretário de Saúde
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde;
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde;
  • Ricardo Tavares, ex-secretário-adjunto de Assistência à Saúde;
  • Jorge Antonio Chamon Junior, diretor do Lacen
  • Iohan Andrade Struck, subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde, que está foragido

A defesa de Hage se manifestou por meio de nota já na noite desta terça-feira (25). De acordo com o advogado do subsecretário, Eduardo Hage “quer saber é do que está sendo acusado, para que possa prestar todos os esclarecimentos necessários e ver cessada a prisão preventiva”.

A nota diz ainda que “Eduardo se declara inocente em relação às acusações imputadas a ele”.

Confira a íntegra da nota: 

Somente no fim da tarde de hoje (25/08/2020), foi levantado o sigilo do inquérito judicial e liberado o acesso dos advogados aos autos da segunda fase da operação chamada de Falso Negativo, do MPDFT, deflagrada na manhã desta terça-feira.

A partir de agora, poderei tomar as devidas providências, como representante legal do médico sanitarista Eduardo Hage Carmo, até então, subsecretário de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF).

O que Eduardo Hage Carmo quer saber é do que está sendo acusado, para que possa prestar todos os esclarecimentos necessários e ver cessada a prisão preventiva, medida da qual foi vítima e que a considera absurda.

Por fim, Eduardo se declara inocente em relação às acusações imputadas a ele e acredita que toda a situação desta investigação vai ser esclarecida com brevidade.

Advogado MARCELO DE MOURA SOUZA (OAB 12529-DF),
representante do médico sanitarista Eduardo Hage Carmo

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