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Brasília

Abrigos têm reforço na prevenção contra a Covid-19

Parceria entre Sedes e Saúde orienta profissionais e acolhidos sobre procedimentos de higienização nas unidades socioassistenciais

Redação Jornal de Brasília

18/08/2020 16h17

Orientar quanto a como deve ser feita a higienização das mãos, das roupas e os cuidados para evitar o contágio pelo novo coronavírus é uma das funções da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com os moradores de rua. As atividades contam com o apoio das equipes do Consultório na Rua, para reforçar a prevenção contra a disseminação da Covid-19. E faz parte da parceria entre a Sedes e a Secretaria de Saúde para garantir atendimento médico nas unidades socioassistenciais do DF.

“Estava com alguns problemas com os acolhidos em relação à higiene. Por isso, perdi à equipe do Consultório na Rua que viesse dar uma palestra na unidade, falar sobre a Covid-19. Quando é a equipe de saúde falando, é diferenciado. Tinha um deles isolado com sintomas. Os profissionais fizeram um teste para ver se ele realmente estava com novo coronavírus. Eles ensinam a importância do uso da máscara, do álcool em gel. Foi bem proveitosa a visita”, relata a gerente da Unidade de Acolhimento para Adultos e Famílias (Unaf) Areal, Marcia Caetano Vasconcelos, que recentemente recebeu os profissionais para reforçar as medidas de prevenção da Covid-19 dentro da unidade.

“O retorno foi muito bom, os acolhidos tiraram dúvidas e aceitaram bem as orientações”, comemora Márcia Caetano. O Consultório na Rua é uma modalidade de equipe Saúde da Família que funciona na Secretaria de Saúde do DF e em outros estados implementada pelo Ministério da Saúde para atendimento específico às pessoas em situação de rua.

A equipe é composta por um médico, um assistente social, um psicólogo, um enfermeiro e um técnico de enfermagem. Mas nem sempre a equipe completa está presente em todas as ações. Diretora de Serviços de Acolhimento da Sedes, Daura Meneses explica que, neste momento de pandemia, o trabalho do Consultório na Rua também contribui no planejamento das medidas de prevenção dentro dos abrigos.

“O retorno foi muito bom, os acolhidos tiraram dúvidas e aceitaram bem as orientações”, disse Márcia Caetano, gerente da Unidade de Acolhimento do Areal.

“Eles conversam tanto com os profissionais em serviço, quanto com os usuários acolhidos sobre procedimentos de higienização e o que nós podemos adotar dentro da unidade para evitar contaminação”, destaca. “É importante porque nós também conseguimos tirar dúvidas em relação a alguns procedimentos. Assim podemos planejar melhor as nossas ações dentro da unidade com a orientação de profissionais de saúde”.

Consultório na Rua

No Distrito Federal, as equipes fazem atendimento nos abrigos, na Unidade Básica de Saúde (UBS) e na rua com ações coordenadas entre os principais envolvidos com essa população (Saúde, Assistência Social e Sociedade Civil), na garantia de um cuidado integral e proteção da saúde.

Segundo a gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais da Secretária de Saúde, as equipes atendem os abrigos e os alojamentos temporários pelo menos uma vez por semana, onde identificam os casos sintomáticos e suspeita para Covid-19 e passam as orientações necessárias. Quanto aos casos sintomáticos: os testes são coletados na própria unidade de acolhimento ou na UBS mais próxima e o usuário vai para um alojamento do tipo isolamento e só é liberado após resultado do teste.

Além dos atendimentos de enfrentamento à pandemia, são realizados atendimentos clínicos, renovação de receitas de medicamento de uso continuado e atendimento psicossocial.

Orientação dos profissionais da assistência social

Médico de Família e Comunidade, Jorge Lima é um dos integrantes da equipe do Consultório na Rua que atende a região central de Brasília. Para ele, o fato de os moradores em situação de rua estarem acolhidos nos alojamentos temporários deu a eles mais condições de manter a higiene e respeitar as medidas de prevenção contra a Covid-19.

“A adesão foi alta, tivemos poucos conflitos. Ao contrário do que se vê nos abrigamentos normalmente”, conta se referindo ao trabalho que é feito no alojamento do Autódromo Nelson Piquet. A equipe atuou, principalmente, com a orientação dos próprios trabalhadores do alojamento que lidam com a população em situação de rua.

“A adesão foi alta, tivemos poucos conflitos. Ao contrário do que se vê nos abrigamentos normalmente”,  disse Jorge Lima, médico de família e comunidade. 

De acordo com a Secretaria de Saúde, no caso dos alojamentos temporários da Sedes, a equipe de Consultório na Rua que atende Ceilândia vai à unidade instalada no estacionamento do Estádio Maria de Lourdes Abadia (Abadião) todas as quartas e quintas-feiras. Já a equipe do Plano Piloto atende o alojamento do Autódromo toda terça-feira.

Com informações da Agência Brasília. 

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