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Charges

Entre bandeira e tornozeleiras: uma celebração familiar no Dia da Desinformação

Uma celebração moderna, por assim dizer, onde as travessuras se vestem de notícias e dançam ao sabor dos cliques

Redação Jornal de Brasília

02/04/2024 5h00

Atualizada 01/04/2024 18h53

Esta segunda que se passou, mais conhecida como ontem, foi o dia em que a veracidade tira férias e a ficção assume o comando das narrativas – sim, estou falando do primeiro de abril, Dia da Mentira – você jovem padawan, pode imaginar um netinho, cujo sorriso irradia a inocência de quem ainda acredita que chocolate cresce em árvores e que professores vivem na escola, congratulando o avô pelo “Dia da Fake News”. Uma celebração moderna, por assim dizer, onde as travessuras se vestem de notícias e dançam ao sabor dos cliques.

Mas o detalhe que rouba a cena é o avô, uma figura que parece ter saído diretamente de uma reunião de clube do livro sobre teorias da conspiração, adornado em verde e amarelo. Ele não é apenas um patriota; ele é um super-herói aos olhos do neto, com a bandeira do Brasil elegantemente amarrada ao pescoço, como se fosse a capa de um Cavaleiro da Desinformação. E para adicionar um toque de realismo mágico à composição, o velhinho ostenta uma tornozeleira eletrônica, talvez como um sinal de mérito na liga das extraordinárias fake news ou como um acessório da moda que simplesmente “pegou”.

Esse retrato em miniatura da sociedade nos lembra que, no mundo atual, as linhas entre o factual e o fabricado são tão borradas que poderiam ser consideradas uma obra de arte abstrata. A charge não apenas nos faz rir, mas também nos faz pensar – um lembrete de que, em uma era de informações instantâneas e desinformação galopante, talvez devamos dar mais ouvidos às histórias contadas por nossos avós… ou talvez não, especialmente se eles estiverem vestidos para uma marcha da fake news.

Então, enquanto refletimos sobre o significado dessa obra-prima do humor, vamos nos lembrar de abordar cada notícia com um olhar crítico, uma mente aberta e, claro, um bom senso de humor. Afinal, no reino do primeiro de abril, tudo é possível – até mesmo um avô revolucionário com uma tornozeleira eletrônica servindo de inspiração para um neto orgulhoso.

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