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Brasília

Zoológico de Brasília inaugura berçário e visitantes podem ver filhotes de perto

Arquivo Geral

05/12/2016 7h00

Atualizada 04/12/2016 21h54

Intenção é preparar bichos para programa de readaptação e soltura, explica Gerson Norberto, diretor-presidente do Zoo (Foto: Myke Sena/JBr)

Jéssica Antunes
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Os visitantes do zoológico agora poderão morrer de fofura. Um berçário foi inaugurado ontem como pontapé das comemorações do 59º aniversário do parque. Em um prédio circular cercado por amplas janelas, os pequenos filhotes se desenvolvem às vistas dos frequentadores. Cheios de carisma, pequenos mamíferos, aves e répteis são preparados para a readaptação à natureza.

Até ontem, não havia uma estrutura técnica organizada que atendesse aos animaizinhos. Segundo o diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Gerson Norberto, o berçário potencializará recursos financeiros e humanos e centraliza os cuidados com os filhotes do parque ou dos que chegam apreendidos por ações de combate ao tráfico de animais. A estimativa é poder auxiliar cerca de 250 crias por ano até que fiquem independentes.

A intenção é preparar os bichinhos para que integrem o programa de conservação do zoo, que promove a readaptação e a soltura em áreas previamente mapeadas pelo GDF. “Neste aniversário queremos fortalecer justamente essa função conservacionista do zoo, com educação ambiental. Hoje, temos 826 animais e 120 estão prontos para serem soltos. Com o berçário, será possível direcionar a reprodução e fortalecer essa característica”, explicou Gerson Norberto.

Antes mesmo da inauguração, o berçário já despertava olhares curiosos. Os visitantes se derretiam com os filhotes. “De início, dá dó de ficarem presos, mas são muito fofos. Vejo que estão sendo cuidados”, ponderou a historiadora Danielle Queiroz, 20 anos. O diretor-presidente da fundação, porém, quer que essa visão de dó seja substituída por um reconhecimento do trabalho de conservação. Para as crianças, só alegria.

O prédio de 70,88 m² era uma biblioteca subutilizada, próximo ao Centro Multifuncional de Acessibilidade. Os ajustes custaram cerca de R$ 5 mil, usados para compra de tinta e de uma bomba d’água. Por enquanto, os frequentadores somente poderão acompanhar pelas janelas. O local precisará de reforma para acessibilidade.

Como começou

O Zoológico de Brasília foi inaugurado antes da cidade por causa de um presente que o presidente Juscelino Kubitschek ganhou do embaixador da Índia na época: a elefanta Neli. Para abrigar o animal, o presidente pediu que o parque fosse construído.

Neli viveu até 1994. Quatro anos depois, o esqueleto foi desenterrado e, nos 50 anos do zoo, em 2006, remontado para ser exposto no Museu de Ciências Naturais. Durante 37 anos, a elefanta foi a principal atração.

Aniversário

Amanhã, o Jardim Zoológico completa 59 anos e a celebração vai até sexta com teatro de fantoches e oficinas de montagem dos personagens, trilha para apresentação de animais, apresentações de vídeos educativos com o tema meio ambiente e montagem de animais com papéis picados.

De acordo com o diretor-presidente, o zoológico já começa a recuperar os 45 mil visitantes por mês, que reduziram após o aumento da tarifa. Serviços, produtos e atrações estão sendo inseridas, aos poucos, para justificar a mudança na taxa. Aos fins de semana, um trem gratuito para transitar pelo parque está disponível aos visitantes.

Serviço

O zoológico funciona de terça-feira a domingo e feriados, das 9h às 17h, exceto em feriados especiais, como Quarta-Feira de Cinzas, Natal e Ano Novo. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Adultos e crianças até 12 anos pagam meia de terça a quinta-feira. De sexta a domingo, têm direito à meia entrada crianças de 6 a 12 anos, estudantes, beneficiários de programa social do governo e seu acompanhante, professores e idosos. Para pessoa com deficiência e seu acompanhante e crianças até 5 anos de idade, a entrada é gratuita.

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