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Brasília

Volta às aulas: crianças com comorbidades terão aulas remotas

Ainda de acordo com Paranaguá, a volta às aulas será feita em parceria com a Saúde, tomando todas medidas de prevenção à covid-19

Geovanna Bispo

09/02/2022 15h44

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na próxima segunda-feira (14), a rede pública de ensino irá voltar com aulas totalmente presenciais. Segundo a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o retorno será feito de forma cuidadosa.

A secretária, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (09), informou que as únicas crianças que terão aulas remotas são aquelas com comorbidades ou doenças imunossupressoras. Para isso, será necessária a apresentação de laudos e documentos comprobatórios nas direções de cada escola. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, existem cerca de 15 mil crianças que se encaixam nesse grupo.

As aulas remotas para esse grupo serão transmitidas pelo mesmo aplicativo anteriormente usado. “Vamos iniciar um dos anos mais desafiadores da história da educação, pois vamos recuperar perdas de aprendizagem da pandemia. Há uma unanimidade entre organizações mundiais como Unesco, Unicef, os estudiosos do terceiro setor: a escola deve ser a primeira a abrir e a última a fechar. Então nossa diretriz é manter as crianças na escola e daremos foco total no letramento e na matemática básica”, disse a secretária.

Segundo a secretaria, até esta quarta, 430.717 crianças estão matriculadas nas 686 escolas espalhadas pela capital. Apenas em 2022, 26.888 alunos foram matriculados.

Ainda de acordo com Paranaguá, a volta às aulas será feita em parceria com a Saúde, tomando todas medidas de prevenção à covid-19, como a lavagem de mãos, uso de álcool em gel e máscaras de proteção.

Educação nacional

No início da coletiva, Hélvia citou a recente pesquisa Todos pela Educação, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, que mostrou que, nos últimos dois anos, o número de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever cresceu 66,3% no Brasil.

Com a pandemia, esse número subiu de 1,43 milhão, em 2019, para 2,39 milhões, em 2021. Entre crianças com menos condições, esse número ainda aumento de 33,6% para 51%, entre os mesmos anos.

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