A equipe médica do Hospital de Base transmitiu, na terça-feira (9), o momento em que um paciente recebeu alta e foi transferido para a enfermaria após se recuperar da covid-19. A transmissão foi destinada apenas para a família.
O aposentado Ronaldo Esser ficou 18 dias lutando contra a vida no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e depois na UTI do Hospital de Base.
Os profissionais de saúde, desde que começaram a cuidar do idoso, queriam que a família tivesse notícias do paciente. Como ele não havia sido intubado, decidiram uni-los via vídeochamada por celular. Assim, a família tinham informações sobre a saúde do paciente e o aposentado conseguia ver, falar e ouvir mulher e filhos.
Quando Ronaldo já estava pronto para deixar a UTI, a equipe médica planejou mais uma videochamada. Desta vez, para mostrar a alta e a transferência do aposentado. Sucesso total.
Veja a transmissão:
Trajetória do aposentado
Ronaldo Esser foi diagnosticado com a covid-19 em 20 de fevereiro, após oito dias sentindo cansaço e dores nas pernas. “Ele se negava a acreditar que havia sido infectado. Depois que meu resultado deu positivo, ele finalmente acreditou e o levamos rapidamente ao hospital”, conta a filha Mariana.
Depois de constatar que o pulmão do paciente estava com 25% de comprometimento, Ronaldo foi internado às pressas no Hospital Regional da Asa Norte “já com dificuldades para respirar”, relata Mariana. A trajetória de Ronaldo no Hran seguiu instável até que, em 4 de março, ele foi transferido para a UTI de covid-19 do Hospital de Base.
“Disseram que, devido à inconstância de sua saúde, era necessário um acompanhamento intensivo”, relata Mariana. Internado no HB, Ronaldo precisou utilizar uma máscara de oxigênio para auxiliar na respiração. “Graças a Deus ele não precisou ser intubado, mas tivemos dificuldades, no início, para ter notícias dele”, conta a filha.
O problema de comunicação foi resolvido quando a equipe do doutor Belchior decidiu recorrer ao celular para que os familiares pudessem saber o estado de saúde de Ronaldo a cada dia.
“O doutor Belchior e toda a equipe foram incansáveis”, reconhece Mariana. “A família agradece imensamente todo o apoio e paciência para as explicações didáticas e o retorno, cotidiano, do quadro clínico do meu pai”.
Ronaldo agora prosseguirá o tratamento contra a covid-19 na enfermaria.
Com informações da Agência Brasília