Os ipês levam a fama, mas nesta época do ano são os cambuís que colorem a cidade de verde e amarelo. Na Esplanada dos Ministérios, no Parque da Cidade e no Setor de Indústrias Gráficas (SIG) estão elas, as flores magnânimas no verão do Cerrado. Além do floreio, que começa a surgir em setembro, a planta oferece uma agradável sombra, em razão do tamanho avantajado dos galhos. Atualmente, existem 884 unidades na região do Plano Piloto, segundo a Novacap.
A planta, natural da Mata Atlântica, se adapta bem ao Cerrado. Nas proximidades dos ministérios, as árvores têm mais de 20 anos. “Quando comecei a trabalhar aqui perto, em 1985, elas já estavam aí. São lindas e nos dão sombra para sentar nos banquinhos e relaxar um pouco”, comenta a funcionária pública Maria do Carmo, de 56 anos, que passava por um corredor de flores recém-caídas.
Alberto Delboni, advogado, de 43 anos, tem opinião semelhante. “Elas não devem nada aos ipês em termos de beleza. Além disso, têm tudo a ver com a capital do Brasil, já que possuem as cores da nossa bandeira, verde e amarelo”, comenta.
Além do cambuí, a espatódea vermelha e o ipê-de-jardim amarelo dão graça à cidade. Em frente ao Ministério Público, no SIG, um corredor de ipês pode ser apreciado por quem passa por ali. Já nos arredores do Eixo Monumental, é a espatódea que chama a atenção com seu vermelho vibrante. Esta mistura de cores torna a estação mais alegre e enche os olhos dos brasilienses.
Perfume
O intenso perfume que exala é atraente às abelhas e sua madeira é tão dura que costuma ser utilizada em cabos de martelo e caibros de barracões. Seu tronco decorativo é muito utilizado para o paisagismo, especialmente em arborização de ruas e sob redes elétricas.