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Brasília

Uniformes antigos de garis do DF vão virar ecobags

“O nosso objetivo é ampliar o reuso dessas roupas. Nossa estimativa é que com as ecobags o reaproveitamento dos uniformes ultrapasse os 70%”

Redação Jornal de Brasília

26/09/2023 20h07

A reutilização dos uniformes do Gari evita que as roupas caiam nas mãos de criminosos que aplicam golpes na população | Foto: Naldo Vieira/SLU

Os uniformes antigos dos garis do Distrito Federal, que já eram transformados em “lixitos” para veículos, agora resultarão em mais um produto para a população local. Com o tecido das roupas usadas, que precisam ser trocadas a cada seis meses conforme exigência contratual, serão produzidas e distribuídas ecobags. O reaproveitamento sustentável dos uniformes dos profissionais da limpeza urbana do DF é realizado por meio da parceria entre o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Fábrica Social, centro de capacitação e qualificação profissional gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

Entre 2022 e 2023 já foram feitos para distribuição mais de 1.800 depósitos de panos usados como lixeiras nos veículos. Atualmente, o índice de reuso dos uniformes dos garis do DF é de cerca de 40%. Com a produção das ecobags, a ideia é aumentar o reaproveitamento.

A reutilização dos uniformes do Gari evita que as roupas caiam nas mãos de criminosos que aplicam golpes na população | Foto: Naldo Vieira/SLU

“O nosso objetivo é ampliar o reuso dessas roupas. Nossa estimativa é que com as ecobags o reaproveitamento dos uniformes ultrapasse os 70%”, celebra o subsecretário de Integração Social das Ações Sociais do GDF, Ricardo Lustosa Jacobina.

A responsável pela produção na Fábrica Social, Kelly Dias, explica que já foi feita a análise dos uniformes e verificada a viabilidade para produção das ecobags, por meio da parte superior das costas e da parte da frente das roupas.

“Essa iniciativa passa um recado importante para a população: de que a gente pode utilizar coisas do cotidiano para poder serem reutilizadas, sem causar danos ao meio ambiente”Kelly Dias, responsável pela produção na Fábrica Social

“Como cidadã e como uma pessoa que também trabalha com moda, eu acho que esse reaproveitamento é muito importante porque a gente vai pegar um material que iria pro lixo. A gente não vai descartar essas roupas e, sim, dar um novo uso a elas. Essa iniciativa passa um recado importante para a população: de que a gente pode utilizar coisas do cotidiano para poder serem reutilizadas, sem causar danos ao meio ambiente”, comenta Kelly.

Tanto os lixitos quantos as ecobags serão distribuídos para a população em ações do SLU. Para o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, o projeto combina aspectos sociais e ambientais ao reforçar o propósito de sustentabilidade da autarquia e evitar o desperdício do material e do descarte inadequado de lixo ao conscientizar a população para que não elimine resíduos nas ruas da cidade. Além disso, a iniciativa beneficia pessoas em situação de vulnerabilidade que são capacitadas na Fábrica Social.

“A reciclagem também visa evitar possíveis abusos e crimes que possam ocorrer caso os uniformes antigos caiam em mãos erradas, aproveitando a credibilidade associada aos garis”, reforça o diretor-presidente do SLU.

*Com informações do SLU

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