A Unidade Socioeducativa do Gama receberam uma oficina de cosmética caseira, em que participaram as internas e servidoras da unidade. O curso foi uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) e a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).
Ministrada pelas extensionistas em economia doméstica Sônia Alves Lemos e Ana Paula Neri Rosado, a oficina teve como objetivo ensinar as mulheres a aproveitar ingredientes da horta e da cozinha de casa para fabricar produtos que possam melhorar sua autoestima e ainda gerar renda.
“Ensinamos as jovens a produzir itens como xampu, condicionador, ativador de cachos, máscaras para o corpo e rosto usando ingredientes como borra de café, açúcar, azeite de oliva e aveia”, explica Sônia. A ideia, conta ela, surgiu como complemento de um projeto de horta urbana que a Emater já desenvolve na unidade de internação desde o fim do ano passado.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressalta que a parceria com a Emater vai oferecer às adolescentes do socioeducativo a experiência com uma atividade que estimula a autoestima, a responsabilidade social, a capacitação técnica e o empreendedorismo.
“A Sejus coordena o Sistema Socioeducativo no DF, e parte do nosso trabalho é unir forças com outros órgãos e instituições para ressocialização de adolescentes”, explica a gestora. “Juntos, podemos mostrar a esses jovens que é possível seguir uma nova trajetória de vida, longe da violência e dos atos infracionais.”
Mais duas oficinas serão ministradas até o fim deste mês: ervas medicinais e aromáticas, na próxima quarta-feira (18), e saúde emocional, no dia 19. A Emater está preparando ainda um curso de plantio da horta e ervas medicinais, ainda sem data definida.
“Implantamos a horta a partir de um pedido da Secretaria de Justiça, pois a Emater fazia isso em vários pontos urbanos”, conta Sônia. “Já a oficina foi uma sugestão nossa, a partir do trabalho que já tínhamos na instituição. As meninas haviam feito recentemente um curso de maquiagem, e a Emater possui um projeto de valorização da mulher voltado para a mulher rural, mas entendemos que poderíamos contribuir se o levássemos para as internas.”
Na oficina, pôde ser explorada a multifuncionalidade de recursos naturais. Uma das máscaras que as jovens aprenderam a fazer usava como ingrediente a babosa, uma das plantas medicinais cultivadas na horta da Unidade de Internação Feminina do Gama. “Elas aprenderam a extrair o gel da babosa e, depois, a fazer a máscara”, explica a técnica.
As informações são da Agência Brasília