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Brasília

Último boletim da dengue notifica mais duas mortes no DF

Mesmo com uma grande queda no número de casos semanais de dengue no DF, o último boletim da Saúde mostrou que mais duas pessoas morreram

Redação Jornal de Brasília

13/06/2022 19h03

Por: Gabriel de Sousa
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Os casos de dengue no Distrito Federal seguem preocupando moradores e especialistas, já que, de acordo com o Governo Federal, Brasília é a cidade que mais registrou casos prováveis da doença em todo o país. A última semana do mês de maio, registrou o menor número de possíveis ocorrências desde o início do ano, mas, apesar deste dado positivo, o mais novo boletim da Secretaria de Saúde também notificou que duas mulheres morreram por conta das complicações do vírus.

O último boletim epidemiológico da dengue no DF, que atualizou os números da dengue com dados de infecções da semana do dia 23 e 29 de maio, foi divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) nesta última sexta-feira (10). De acordo com o documento, duas mulheres morreram por conta da doença na segunda quinzena do mês passado. Uma vítima residia em Planaltina, enquanto a outra vítima não teve a sua cidade de residência revelada. Ambas eram maiores de 60 anos de idade.

Até o dia 29 de maio, cinco pessoas já haviam morrido de dengue na capital federal. Todas as vítimas tinham duas características em comum: eram mulheres e tinham mais de 60 anos de idade. As regiões administrativas que já registraram óbitos por dengue no DF são Ceilândia, Planaltina, Samambaia e Sobradinho II.

Os dados mais recentes da SES também mostraram que, em 2022, o DF já registrou 50.481 casos prováveis de dengue. Deste número, 28.009 foram identificadas com o gênero feminino (55,5% das ocorrências), enquanto 22.434 são homens (44,4%).

No último informativo nacional publicado pelo Ministério da Saúde, que também analisou a última semana do mês de maio, Brasília, que nos registros ministeriais aparece com 48.547 pessoas adoecidas, surge como a cidade com o maior número de ocorrências contabilizadas, seguido por Goiânia que já teve 40.607 casos, e Joinville que registrou 20.098 infecções.

Dos mais de 50 mil brasilienses que possivelmente se infectaram com o vírus transmitido pelo aedes aegypti, 850 tiveram sinais de alarme, o que representa 1,68% do total das ocorrências. Outras 38 pessoas ficaram em estado grave por conta das complicações, sendo o equivalente a 0,72% dos casos prováveis no DF.

Casos semanais registram menor número do ano

Os últimos informativos da Secretaria de Saúde também mostraram um dado positivo sobre o surto de dengue no DF. A última semana do mês de maio foi a que registrou o menor número de casos prováveis em todo o ano de 2022.

No auge do surto de casos de dengue, na segunda semana de abril, a Saúde havia registrado aproximadamente 4.500 prováveis ocorrências, entre os dias 23 e 29 de maio o número estava por volta de 500.

As contabilizações de infecções estão diminuindo desde a semana entre 11 e 17 de abril, que foi a que teve o maior número de casos prováveis em 2022. Desde lá, os números semanais estão em uma constante queda, que, felizmente, contrariou até mesmo as expectativas da Secretaria de Saúde, que em uma coletiva do dia 5 de maio, analisou que o pico de ocorrências aconteceria entre a primeira e a segunda quinzena daquele mês.

“Ainda está por vir o pior momento. Ele deve acontecer, provavelmente, entre a primeira e a segunda quinzena de maio, quando a gente atinge a vigésima semana epidemiológica. Então, a gente ainda não chegou ao pico dos casos de dengue. Temos expectativa de chegar nos próximos dias, e nós estamos preparados”, disse naquela oportunidade o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro.

GDF permanece combatendo o mosquito

Em uma nota enviada para a equipe de reportagem do Jornal de Brasília, a Secretária de Saúde do Distrito Federal informou que irá continuar a trabalhar com o seu planejamento de combate ao aedes aegypti, enviando equipes de agentes ambientais para a vistoria dos imóveis de todas as 33 regiões administrativas do DF.

A partir dos boletins informativos sobre a dengue, as regiões que apresentam um maior aumento da incidência de casos passam a receber uma intensificação das ações do GDF, como por exemplo o uso do UBV Pesado (fumacê), que, de acordo com a Saúde, “é apenas uma das estratégias utilizadas no combate ao mosquito”.

Conforme indicou o último relatório da dengue no DF, por conta do alto número da incidência por 100 mil habitantes no mês de maio, oito regiões administrativas estão acima de 300 ocorrências, e por isso estão classificadas como “áreas de alto risco” pela Secretaria de Saúde.

A região que registrou a maior incidência por 100 mil habitantes em maio foi Sobradinho com 481,98 casos, Brazlândia aparece em seguida com 454,50 casos. Em seguida também são consideradas “áreas de alto risco” o Paranoá (405,68 casos), Ceilândia (390,24 casos) e Planaltina (347,30 casos), São Sebastião (343,14 casos), Samambaia (338,42 casos) e o Recanto das Emas (308,05 casos), fecham a lista de regiões observadas com cautela pelo GDF.

Na Ceilândia, uma das RA’s com grande risco de casos de dengue no DF, o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), realizou, no último sábado (11), em conjunto com profissionais da Vigilância Ambiental, uma operação de conscientização da população das QNQ’s 1 a 5.

No evento, oito viaturas, 150 militares, e diversos alunos que estão em cursos de formação de oficiais e praças, informaram a população local sobre os cuidados que devem ser tomados em casos de infecções pelas doenças transmitidas pelo mosquito da dengue. Além disso, os bombeiros auxiliaram a população no cuidado para a proliferação das larvas, como a atenção com a criação de focos com água parada.

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