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Brasília

“Todo o suporte foi dado”, diz Celina no último dia de intervenção federal

A partir de hoje o comando das forças de segurança na capital da República volta para as mãos da SSP, comandada por Sandro Avelar

Redação Jornal de Brasília

31/01/2023 17h51

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Elisa Costa
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A governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão (PP), comentou, nesta terça-feira (31), sobre o fim da intervenção federal na segurança da capital federal. Segundo o decreto, o dia 31 de janeiro foi o último dia de comando do governo federal sob as forças policiais: “É o fim da intervenção e eu quero agradecer à minha equipe. Quero agradecer a interlocução respeitosa que fizemos com o governo federal, mantivemos um diálogo muito republicano, o interventor Ricardo Cappelli entendeu as forças de segurança e todo o suporte foi dado para que a intervenção saísse da melhor forma possível”. As declarações foram feitas durante uma solenidade de assinatura para a construção de uma passarela próximo ao Parque Nacional de Brasília (Água Mineral).

“Nós estamos com um plano elaborado, um plano que teve a participação de representantes do Poder Legislativo, do Supremo, da Câmara Federal e do Senado, para termos uma posse tranquila nesse 1º de fevereiro. Não há nenhum alerta no sistema de inteligência. O GDF estará à altura das posses que acontecerão e do retorno do trabalho do Judiciário”, esclareceu Celina. Aos jornalistas, a governadora em exercício explicou que o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, já está a par de todo o plano operacional e que ele foi nomeado antes mesmo do fim da intervenção para garantir que pudesse trabalhar e acompanhar todo esse processo.

A progressista contou que a nomeação foi antecipada para que tanto o governo quanto a população pudessem ter “tranquilidade”. Mais cedo, o interventor Ricardo Cappelli publicou nas suas redes sociais: “Agradeço ao presidente Lula e ao ministro Flávio Dino pela confiança. Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado. Retorno ao MJSP com o sentimento de dever cumprido”. Vale destacar que hoje, 1º, a Praça dos Três Poderes estará fechada para o trânsito durante as posses dos senadores e deputados. Só podem acessar a área veículos previamente credenciados para os eventos.

O decreto que determinou a intervenção foi assinado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 8 de janeiro, quando os três Poderes foram invadidos e depredados por bolsonaristas radicais. A segurança do DF então ficou sob os cuidados de Cappelli até esta terça, que também foi responsável por coordenar as apurações sobre os atos de vandalismo e por apresentar um relatório final, que indicou falhas operacionais dentro das forças de segurança, além da conivência de militares com o acampamento golpista que se instalava no quartel general do Exército. Sendo assim, a partir de hoje (1º), o comando das forças de segurança do DF volta às mãos da Secretaria de Segurança Pública, comandada por Avelar.

Ibaneis Rocha

Questionada sobre um possível retorno do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) antes do término da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), Celina disse que não tem detalhes sobre o assunto, porque a questão é tratada pelos advogados de defesa do emedebista. “A cidade está pacificada, toda a condição política e administrativa voltou à normalidade, mas essa questão tem que ser dialogada com eles. A intervenção na segurança era um grande elemento que criava essa dificuldade, mas acho que com a intervenção finalizada ele [Ibaneis] tem condição de argumentar um retorno”, declarou.

Envolvimento de servidores

A líder interina do Buriti também deu a sua opinião sobre o envolvimento de integrantes e líderes do poder público distrital nos ataques antidemocráticos do dia 8 de janeiro: “Todos somos seres humanos e podemos falhar, mas quando você ocupa um cargo de chefia a frente de uma pasta importante você tem que arcar com as responsabilidades, nós somos os primeiros a dar o exemplo. O GDF será duro nesse posicionamento. A pessoa tem que estar à altura da sua responsabilidade”.

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