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Brasília

SOS Segurança: “Quero que o crime não ocorra”, diz secretário Anderson Torres

Arquivo Geral

02/01/2019 20h27

O Secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, esteve no início das ações em Ceilândia. Foto: Myke Sena / Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Lançada nesta quarta-feira (2), a Operação Prioridade da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) faz parte do novo programa de segurança pública da capital. O chamado SOS Segurança prevê dar atenção e prioridade à prevenção criminal com policiamento nas ruas e enfrentamento presencial. Anderson Torres, empossado no primeiro dia do ano como titular da pasta que cuida da segurança, declara guerra: “quero que o crime não ocorra”.

A promessa é que todo o trabalho da segurança pública seja pautada em estratégias bem definidas, mas sempre mantendo policiais nas ruas. O secretário explica que, à exemplo da operação iniciada hoje, o SOS Segurança prevê um destaque de efetivo “exatamente para acudir a população do DF neste momento”. “É nosso plano de segurança para Brasília. Mais eficaz e sério”, explica.

Reforço 

A intensificação do policiamento é anunciado quando o déficit de servidores é escancaradamente um problema. Para driblar a questão de recursos humanos, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP) deve chamar policiais aposentados ou da reserva remunerada para reforçar o quadro. Mesa quarta-feira (2), uma reunião na sede da pasta tratou exatamente desse assunto. “Vamos melhorar o serviço, aprimorar, melhorar o valor das gratificações e trazer mais policiais para as ruas”, diz o titular da pasta.

Outro desafio vai ser lidar com a batalha de egos entre as polícias Civil e Militar. Em discurso de posse, o governador Ibaneis Rocha (MDB) criticou as picuinhas entre as corporações e mandou um recado: Torres é quem manda. O secretário, por sua vez, garante que todas as arestas serão aparadas. “Já está conversado com a comandante da PM (coronel Sheyla Sampaio) e com o diretor-geral da PCDF (delegado Robson Cândido). Onde houver atrito e problema, nós vamos resolver. Não dá para aceitar isso em Brasília porque quem paga isso é a população”, critica.

Operação Prioridade

Em Ceilândia, um forte esquema de segurança foi montado com 150 policiais, 35 viaturas, 12 motos, nove cavalos e helicóptero. A ação, iniciada 18h30, marca uma série de operações com a finalidade de reduzir a criminalidade nas cidades. Nos próximos dois meses, todas as regiões receberão o reforço. O calendário, definido, é mantido em sigilo pela coronel Sheyla Sampaio, comandante da PMDF.

A coronel Sheyla Sampaio explicou que o foco inicial é combater o roubo a pedestres. Foto: Myke Sena / Jornal de Brasília

“Ceilândia não é escolhida a toa. É por conta da população e da mancha criminal. Iniciamos por regiões mais afastadas do centro de Brasília, mas isso será estendido a todo o DF”, esclarece a coronel. O horário também não foi aleatório. A comandante explica que o foco é no combate ao roubo a pedestre e em coletivos ocorridos no fim do dia, quando as pessoas retornam para casa. Estas são as tipificações criminais habituais e de maior volume na capital.

Depois de dois meses de operações espalhadas pelas regiões e em horários diversos, deve ser pensada uma nova de enfrentamento.

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