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Brasília

SES não descarta transmissão comunitária da Delta no DF

As pessoas que estão sendo monitoradas pela SES tiveram contato com outros casos já confirmados. Os pacientes residem em Planaltina e em Vicente Pires

Catarina Lima

21/07/2021 17h34

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal acompanha cinco casos de possível contaminação pela variante Delta do coronavírus no Distrito Federal. Se comprovado que as infecções foram causadas pela cepa, estará constatada a transmissão comunitária da Delta na capital do país. As pessoas que estão sendo monitoradas pela SES tiveram contato com outros casos já confirmados. Os pacientes residem em Planaltina e em Vicente Pires.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, também confirmou a existência de seis casos já detectados pelo Laboratório Central (Lacen) da nova variante na cidade, sendo quatro em Planaltina, um no Plano Piloto e um em Santa Maria. De acordo com o secretário, a variante Delta caracteriza-se pela alta transmissibilidade, maior hospitalização de pacientes e reinfecção.

O secretário de Saúde afirmou que todas as unidades de saúde do DF receberão mais testes para covid. Osnei explicou, no entanto, que a exigência por parte dos profissionais de saúde de que haja sintomas para que seja feita a testagem – mesmo quando a pessoa que solicita o teste more na mesma casa em que viva alguém contaminado – é determinação do fabricante dos testes, para evitar resultado falso negativo.

O chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, descartou qualquer nova medida restritiva para conter a variante Delta. Osnei Okumoto disse que a equipe da Secretaria de Saúde continuará trabalhando com análise de riscos e avançando na vacinação. No momento, a SES está fazendo o rastreamento dos casos confirmados e dos suspeitos.

Delta pelo mundo

Países como Estados Unidos e Inglaterra, que também já detectaram a presença da variante delta, apresentaram aumentos significativos no número de novas infecções diárias pela covid. Um estudo recém-publicado com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que a variante Delta do novo coronavírus, detectada inicialmente na Índia, pode aumentar o risco de reinfecções. A pesquisa aponta que o soro de pessoas previamente infectadas por outras cepas é menos potente contra esta variante viral. O problema é observado de forma marcante entre os indivíduos anteriormente infectados pela variante Gama, identificada originalmente em Manaus e atualmente dominante no Brasil, assim como pela variante Beta, detectada pela primeira vez na África do Sul. Nestes casos, a capacidade de neutralizar a cepa Delta é onze vezes menor.

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