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Brasília

Selvageria no Gama: família suspeita de tortura

“As enfermeiras que o atenderam naquela madrugada disseram havia marcas no pescoço, cintura, na virilha…” disse a viúva

Ary Filgueira

04/01/2022 13h09

A família de Hugo Cruz Araújo, 36 anos, suspeita que ele tenha sido torturado antes de sofrer um parada cardiorrespiratória. No último dia 27, ele participava de uma confraternização com amigos numa chácara no Gama, quando um grupo resolveu amarrá-lo. A vítima passou mal e acabou morrendo.

A versão mais comentada entre amigos de Hugo é a de que ele foi vítima de uma fatalidade resultante de uma brincadeira. Mas a viúva, Bárbara Carizzi, 29, discorda. Segundo ela, uma enfermeira conhecida sua disse que o corpo apresentava possíveis marcas de tortura.

“As enfermeiras que o atenderam naquela madrugada disseram havia marcas no pescoço, cintura, na virilha. Além disso, tinha uma mancha roxa da testa dele”, revelou Bárbara ao Jornal de Brasília.

Bárbara também contou ter ouvido de uma das enfermeiras que o atenderam no dia do óbito que o grupo de amigos que o levou para o Hospital Regional do Gama (HRG) disse que não conhecia Hugo. “Um absurdo. Eram todos conhecidos dele sim”, lamenta ela.”

“Eu queria era matar ele”

Um áudio que vazou com a gravação de um suposto participante do churrasco corrobora com a suspeita de Bárbara. A conversa foi gravada antes de confirmar a morte de Hugo. O homem, que não foi identificado, tentava se explicar para alguém sobre o ocorrido.

Na gravação, ele conta que queria matar Hugo e não somente “passar a corda no pescoço”. “Nós passou só a corda no pescoço. Nós ia era matar ele aqui. Eu ia matar ele, o Beto, o Léo. Porque ele é comédia, Já pode tirar até do grupo (sic)”, dizia o desconhecido.

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