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Brasília

Segurança nas escolas: GDF vai contratar policiais

As unidades do Batalhão Escolar da Polícia Militar também vão reforçar as visitas aos colégios para conter eventuais ameaças de crimes

Camila Bairros

13/04/2023 13h05

Foto: Reprodução

Por Camila Bairros e Amanda Karolyne
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Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (13), os secretários de Segurança, Sandro Avelar, e de Educação, Hélvia Paranaguá, falaram sobre o plano de segurança para as escolas. Para conter as ameaças de ataque que ocorrem no DF e em todo o Brasil, foi concedida a autorização para contratar, de forma temporária, policiais, visando ampliar a segurança e coibir a violência nas escolas, creches, faculdades e universidades.

“Estamos autorizados a buscar contratações temporárias de policiais e vamos fazer”, disse o secretário da SSP-DF. A pasta, porém, não divulgou a quantidade de servidores, e ainda não há data para a chegada do efetivo, mas já se sabe que serão utilizados os militares da reserva e voluntários.

Sobre a questão de vigilantes nas escolas, a secretária Hélvia Paranaguá disse que a rede pública conta com 3.201 profissionais que atuam nos 700 colégios, e que, antes de fazer novas contratações, vai rearranjar o quadro de funcionários.

Ontem, o governador Ibaneis Rocha disse que o cenário das recentes ameaças de ataques em escolas e faculdades do DF requer cautela.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), 60 unidades de ensino receberão maior atenção das forças de segurança neste momento, mas os nomes das escolas não serão divulgados. Além disso, o sistema de Inteligência está monitorando as redes sociais de quem propaga ou faz apologia à violência.

As unidades do Batalhão Escolar da Polícia Militar também vão reforçar as visitas aos colégios para conter eventuais ameaças de crimes.

Atenção Especial

Tem circulado mensagens anunciando uma movimentação especial em relação aos possíveis massacres, para o dia 20. Avelar foi questionado sobre o que vai acontecer nesse dia, e ele relatou que existe uma programação especial para o dia 20 de abril. “Infelizmente criou-se essa data, em virtude a um atentado que aconteceu no exterior, então existe uma atenção especial”. A bem da verdade, ele declarou que já foi iniciado nesse período antes do dia 20, em todas as escolas públicas e privadas um trabalho. O massacre citado, é o ataque de Columbine, em 1999 nos Estados Unidos, em que dois alunos assassinaram 12 estudantes e uma professora.

Preocupação geral

As medidas de segurança destacadas por Sandro, são a utilização e otimização dos efetivos, das viaturas para que possa ser realizada a saturação das diversas áreas escolares com a presença do Estado. “Ou seja, Detran, Corpo de Bombeiros, auxiliando a Polícia Civil e a Polícia Militar, também sendo reforçada especialmente com o Batalhão de Policiamento Escolar. E ainda, a criação de novos canais de denúncia.

Para o setor educacional, uma das medidas destacadas por Hélvia, é a palestra para todos os diretores da rede pública, na próxima segunda-feira (17), no auditório do Comando Geral do Corpo de Bombeiros. Esta semana, foi realizada a mesma palestra para o Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF. “Lembrando que, em casos de incêndio, todos os professores sabem como proceder. Mas e no caso de um ataque? Então a gente tem que passar isso para os professores”, elabora.

Ela deixa claro que é uma questão nacional, depois dos ataques que aconteceram na creche de Blumenau, e na zona oeste de São Paulo, somadas aos casos de adolescentes presos por publicarem mensagens com ameaça de massacre no DF e no país inteiro. Ela aponta que era um momento de estar sendo debatido o novo ensino médio, entre outras pautas da educação. “Mas acabou virando questão de segurança pública”, comenta. Mas ela acredita no fortalecimento dos projetos de cultura de paz que são um sucesso. “Escolas que tinham um mau comportamento, que eram inclusive apelidadas de Carandiru. Mas hoje é uma escola tranquila, porque foi feito todo um trabalho de base, junto com a comunidade escolar”. Ela reforça que o trabalho preventivo, a Secretaria de Educação nunca deixou de fazer.

Hélvia lembrou dos episódios de violência que aconteceram no retorno das aulas presenciais em fevereiro de 2022. E na época, foi firmada uma parceria entre a Secretaria da Educação com a Secretaria de Segurança Pública. “E ela permanece vigente até hoje, e desde então a gente vem atuando fortemente dentro da escola com a cultura de paz, trabalhando questões que podem ensejar em violência”, aponta. Ela cita um menino que se sente rejeitado, e a questão do preconceito, como fatores que fazem com que a escola venha a trabalhar e desconstruir essas questões para os estudantes.

A secretária considera que depois disso, foi um ano bem tranquilo, a partir do momento que a Secretaria começou a atuar com roda de conversa, terapia e acompanhamento psicopedagógico. Ela reforça o pedido de Sandro Avelar: “Então, pai e mãe, é a vocês que eu me dirijo: Olhe seu filho, acompanhe, cheque os celulares, olhem as mochilas, porque isso já evita bastante problema”. As medidas de segurança anunciadas pela Secretaria de Segurança Pública do DF serão vigentes para as mais de 1624 escolas privadas e públicas do DF – incluindo creches, e também nas diversas universidades.

Segundo Hélvia, a rede de ensino do DF hoje conta com 3301 vigilantes, entre concursados e terceirizados, nas 700 escolas públicas. A proposta de Hélvia, é remanejar alguns desses vigilantes entre as escolas, antes de novos contratos.

Estiveram presentes a comandante-geral dos bombeiros Monica Mesquita, o comandante geral da Polícia Militar do DF, coronel Klepter Gonçalves, o delegado geral adjunto da Polícia Civil do DF Benito Tiezzi e o diretor geral do Departamento de Trânsito do DF Marcelo Portela. Representando a Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado distrital Max Maciel (Psol), também esteve presente no evento.

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