Menu
Brasília

Secretário-geral da CBF admite que proibição sobre venda de mando de campo pode ser revogada

Arquivo Geral

06/04/2017 7h00

Atualizada 05/04/2017 23h08

O Estádio Nacional Mané Garrincha é um dos atingidos pelo veto das vendas de mando de campo durante o Brasileirão. Foto: Reuters/Albert GEA

Rosana Jesus
rosana.jesus@jornaldebrasilia.com.br

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a tabela detalhada das primeiras 10 rodadas do Campeonato Brasileiro e duas partidas chamam a atenção por uma ausência de informação: o local segue indefinido. Agendados para 13 e 14 de maio, Flamengo x Atlético-MG e Fluminense x Santos, respectivamente, ainda precisam encontrar um estádio apto a receber os duelos.

Essa situação poderia ser resolvida, por exemplo, caso a CBF – após votação dos clubes da Série A – não tivesse vetado a venda de mandos de campo na competição. Como o Rio de Janeiro ainda passa por problemas de concessão em relação ao Maracanã, seria natural a opção dos clubes em procurar uma praça fora do estado.

Ciente das dificuldades, a CBF admite que essa decisão pode ser revogada. Presente no Workshop CBF + Saúde, em Brasília, na última sexta-feira, o secretário geral da CBF, Walter Feldman, disse que essa mudança depende do poder de persuasão dos clubes interessados na mudança.

“As pendências do Brasileirão devem ser resolvidas pelas 20 equipes das Séries A, B, e assim por diante. As questões são decididas a partir de um conselho técnico”, explica Feldman. “A CBF não tem autonomia para mudar isso. Os times que se sentirem lesados, podem tentar revogar a decisão”, reforça o diretor. Ainda de acordo com Feldman, alguns clubes já estão providenciando a anulação da medida.

O novo cronograma gerou polêmica em alguns estados e no Distrito Federal. “A CBF entende a reivindicação de clubes e de torcedores, principalmente por causa das arenas construídas para a Copa do Mundo, que terão dificuldades em se manter, mas a nova medida teve de ser tomada”, menciona o secretário geral.

Saiba mais

  • Ao anunciar os detalhes das primeiras 10 rodadas do Campeonato Brasileiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ratificou a manutenção dos jogos às noites de segunda-feira, que começaram a ser testadas na metade da edição da temporada de 2016.
  • Entre os destaques informados pela CBF está também a permanência das partidas às 11h (de Brasília) aos fins de semana.
  • A explicação para isso é o sucesso de público atingido nesses dois horários e dias, ainda que tenha gerado protesto por parte de comissões técnicas e jogadores.

Sucesso

Polêmica à parte, Walter Feldman confia no sucesso do Campeonato Brasileiro de 2017. “Modernizamos a tabela compreendendo a importância dos campeonatos estaduais, regionais e nacionais, que não se resume apenas no Brasileirão e na Copa do Brasil”, diz o secretário. Ele acrescenta que a tabela tem de se adaptar também as datas FIFA. “Esse calendário é dinâmico e não prejudica as competições. Pode ser um pouco mais cansativo, mas tivemos que adaptá-lo”, esclarece Feldman.

Flamengo diz não ao Maracanã

Após a confirmação do acerto entre Lagardère e Odebrecht sobre a administração do Maracanã, o Flamengo informou que não pretende utilizar o estádio para mandar os seus jogos. O clube defende que uma nova licitação seja realizada, assim como indicava a prefeitura do estado até ontem.

“O Flamengo continua entendendo que o melhor caminho para o estádio é uma nova licitação. E novamente afirmo que se a Lagardère assumir nós não jogaremos mais lá”, disse Eduardo Bandeira de Mello, presidente do clube.

O time rubro-negro não tem boa relação com a BWA, parceira da Lagardère em outros dois estádios – Arena Independência e Castelão. Bandeira já ressaltou inúmeras vezes que não é favorável a “atitudes de seus representantes e de seus parceiros.”

Neste ano, a equipe rubro-negra utilizou o Maracanã apenas uma vez. Foi no dia 8 de março, em partida contra o San Lorenzo, na estreia da Libertadores. A segunda está marcada para a próxima quarta-feira, contra o Atlético-PR.

No estádio, a equipe obteve o maior público do país em 2017 com 54.052 torcedores.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado