João Paulo Mariano
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Não há confirmação de nenhum dos 12 casos noticiados como suspeitos de H1N1 nos últimos dias, segundo a Secretaria de Saúde do DF. Hoje, o Jornal de Brasília mostrou que três escolas tiveram aulas canceladas devido à possibilidade de contaminação com o vírus Influenza deste tipo.

Em coletiva nesta tarde, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, assegurou que as 12 confirmações foram dadas por um único hospital particular, e feitas a partir de um teste de triagem que “não tem capacidade para confirmar a doença”. Ele ainda assegura que não há surto de H1N1 do DF. “Temos cobertura vacinal de mais de 98% da população [do grupo considerado de risco como crianças, gestantes e idosos]”, afirmou.

A Secretaria de Saúde informou que só foi notificada de um único caso de síndrome respiratória aguda grave, na segunda-feira (1°) à noite, pelo Hospital Anchieta. A criança estaria internada na UTI da instituição. Outras duas também estão em tratamento na unidade, em uma situação menos grave, mas com sintomas parecidos.

Subsecretária de Vigilância à Saúde, Maria Beatriz Ruy, e o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, divulgaram as informações em coletiva nesta tarde. Foto: Kleber Lima / Jornal de Brasília

Pela não notificação de nenhum dos casos, a secretaria estuda uma possibilidade de autuar o hospital particular. “Estamos estudando como essa autuação pode ser feita”, afirmou o secretário. Além disso, a Vigilância Epidemiológica da pasta estuda uma maneira de fazer um teste que confirmaria se a síndrome respiratória grave presente nessas crianças internadas é, realmente, causada pelo vírus H1N1.

O teste utilizado para identificar os 12 casos foi o ECO. Com ele, segundo a secretaria, não é possível confirmar a presença do H1N1, até porque, em seu resultado, ele apresenta a possibilidade da existência de H1N1 ou H3N2. Por esse motivo, segundo Humberto Fonseca, o teste não é utilizado na rede pública e não deveria ter sido utilizado para dar um laudo final sobre o assunto.

“Sem necessidade para pânico”

A Subsecretária de Vigilância à Saúde, Maria Beatriz Ruy, alertou que não há necessidade para pânico e nem para o cancelamento de aulas, já que nenhum caso foi confirmado e, no fim das contas, todos podem ser considerados apenas gripes comuns, já que a maioria das crianças apresentou quadro de melhora.

No Distrito Federal, do início do ano até o presente momento, registrou 68 casos de H1N1. Desses, seis pessoas morreram. Quando pais ou escolas desconfiarem do estado dos filhos ou alunos, podem entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica nos postos de saúde, ou ainda pegar informações pelo site da Secretaria de Saúde.

Hospital Anchieta nega falta de notificação

Em nota, a unidade de saúde particular esclareceu que os casos em suspeita de Influenza A ou B, pelo teste de triagem, admitidos no último final de semana, que eram passíveis de notificação, foram repassados para a Vigilância Epidemiológica, conforme protocolo – somente doentes com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

“O Hospital Anchieta é referência em atendimento de qualidade e segue rigorosamente suas obrigações”, informou. O JBr. ainda aguarda a manifestação a respeito da qualidade do teste feito e do estado de saúde das três crianças internadas na unidade.