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Brasília

Repórter do JBr vence Prêmio Olhar Brasília

Sensível registro de Vítor Mendonça do céu de Brasília, feito no Sol Nascente no ano passado, ficou em terceiro lugar na premiação entre os fotógrafos profissionais

Larissa Galli Malatrasi

26/05/2020 7h06

A cidade em essência

Fotojornalista do Jornal de Brasília é premiado na 2ª edição do badalado concurso da cidade

O Jornal de Brasília marcou presença entre os vencedores da segunda edição do Prêmio Olhar Brasília de Fotografia. O repórter e fotógrafo Vítor Mendonça foi um dos ganhadores da categoria exclusiva a fotojornalistas — Brasília 60 anos – documental —, que privilegiou a técnica e a composição de fotos feitas por profissionais.

Vítor garantiu o terceiro lugar na categoria com uma foto feita em 2019 na comunidade do Sol Nascente — considerada a maior favela horizontal da América Latina, a 30 quilômetros do centro de poder do país —, enquanto fazia um trabalho documental.

Vencedor do Prêmio Olhar Brasília – 1º lugar categoria Brasília 60 anos — Foto: Luiz Gustavo de Souza Faria

Outras três fotografias receberam a mesma pontuação e dividem o terceiro lugar com Vítor. O grande vencedor da categoria foi Luiz Gustavo de Souza Faria, com uma foto das tradicionais tesourinhas; em segundo, o entardecer na Torre de TV clicado por Zuleika de Souza. A imagem do fotojornalista do JBr é a única — entre todas as categorias — que retrata a periferia da capital.

“A minha fotografia não mostra um monumento de Brasília; a grande referência da cidade na imagem é o céu”, relata Vítor.

No dia em que a foto foi feita, o fotógrafo contou que acompanhava o trabalho do pai da criança retratada em uma horta comunitária em Sol Nascente. “A criança logo se distraiu em meio ao cachorro, o lago e as cores do céu; na hora não hesitei em fazer a foto: foi instintivo”, explica Vítor.

Segundo o fotojornalista, a foto é capaz de trazer novas perspectivas sobre o trabalho que ele faz pela cidade.

“É como trazer um alívio visual em meio ao caos; mostrar os problemas sem ser agressivo; para mim, esse é o grande desafio.”

Para o fotógrafo, que começou a trabalhar como fotojornalista há pouco menos de dois anos, o prêmio “é uma felicidade muito grande”.

“Me sinto feliz e honrado por ter a oportunidade de dividir o pódio com a Zuleika, que tem uma história muito relevante para a fotografia na capital”, disse.

Os vencedores foram revelados em uma festa de premiação virtual, já que a pandemia impediu a realização da segunda edição do prêmio no Museu da República. Mesmo assim, a organização se empenhou para que a cerimônia mantivesse os ares de “festa de gala” — cada um na sua casa.

Uma réplica do Museu foi instalada no jardim da casa do ator Jovane Nunes, da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo, responsável por comandar o evento. As fotos vencedoras foram projetadas como seriam se a festa acontecesse no Complexo Cultural da República.

Com inscrições gratuitas, o Prêmio teve 700 participantes que disputaram mais de R$ 10 mil. Nesta edição foram cinco categorias: Júri Popular, Cor, P&B, Memória e Brasília 60 anos. Os vencedores da categoria Júri Popular foram escolhidos em votação nas redes sociais.

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