Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram, nesta quinta-feira (20), pelo fim da greve da categoria. Em assembleia ontem, os docentes analisaram a proposta do governo federal e decidiram retomar as atividades a partir do dia 26 de junho. Desde o dia 15 de abril, os estudantes estão sem aulas por conta da paralisação geral.
Aos professores, o governo federal propôs um reajuste salarial que deve ser pago em duas parcelas, tendo validade para os dois próximos anos, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026. A principal reivindicação dos docentes ao iniciar a greve era a questão salarial. A nova proposta do governo havia sido apresentada aos educadores no dia 14 de junho, por meio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A greve dos professores da UnB fazia parte de um movimento nacional da categoria, e agora, a decisão pelo fim da paralisação será encaminhada ao comando nacional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que se reunirá durante este final de semana para construir a saída coletiva e a assinatura do acordo junto ao governo.
Segundo os professores, as propostas apresentadas pelo governo, ainda que não representem todas as demandas feitas pelas entidades da educação federal, já tiveram avanços. “Consideramos que tivemos muitas conquistas na greve. Nos mostramos fortes, unidos. Esta saída coletiva tem um significado simbólico desta unidade que se demonstrou em avanços como os aumentos relativos aos benefícios auxílio-creche, auxílio-alimentação e saúde suplementar. Mas a luta continua. Nossa greve não é fim das mobilizações. Devemos seguir para que as demandas ainda não atendidas sejam ouvidas pelo governo. Estamos vivos e temos força, este movimento nos comprovou isso”, comentou a presidente da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Eliene Novaes.