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Brasília

Plano de Saneamento Municipal tem causando divergência em municípios goianos

Arquivo Geral

22/05/2012 7h03

Kamila Farias
kamila.farias@jornaldebrasilia.com.br

 

 

O Plano de Saneamento Municipal tem causando divergência em municípios goianos. De acordo com a empresa de Saneamento Básico de Goiás (Saneago), das dez cidades da Região Metropolitana do Distrito Federal que precisam aderir ao plano, três ainda não definiram sua participação: Planaltina de Goiás, Novo Gama e Formosa. No Novo Gama, o planejamento foi rejeitado pela Câmara dos Vereadores, o que é necessário para que seja implementado. Em Formosa, o projeto deve ser votado apenas no mês de junho. E em Planaltina, também há indefinição, pois o plano não foi ainda votado pela Câmara de Vereadores, como mostrou o Jornal de Brasília na  edição de ontem.

 

O plano é uma ferramenta para alcançar a melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida da população. Ele é estabelecido pela Lei Federal 11.445/07. Mas, de acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores do Novo Gama, Everaldo Detran, da forma como está não leva benefícios para a população. “Vimos como inconstitucional, pois não aceita emendas. Percebemos que é uma privatização disfarçada. Querem definir metas sem prazos e nós precisamos que  tudo seja esclarecido. Seria como assinar um cheque em branco”, afirma o presidente.

 

O município que não tiver o plano assinado ficará sem receber recurso do Governo Federal em 2013.

No Novo Gama, apenas 40% da cidade possui rede de esgoto e 70%, água potável, de acordo com o secretário de Obras, Marinaldo Nascimento. Por isso, segundo ele, é fundamental que o Plano de Saneamento Municipal seja aprovado para ser um possível caminho para aumentar esses índices.

Necessidade

 

“Era uma coisa importante para a cidade, pois é uma região carente, que tem muitos problemas de saneamento. Com o plano, poderia haver mais mudanças. O projeto de saneamento para a cidade está orçado em mais de R$ 90 milhões e só tem como ser feito com ajuda do Governo Federal e empresas”, argumenta.

 

Os moradores também pedem providências. Apesar de não conhecerem o plano, nem saber qual a melhor opção para a cidade, pedem apenas que obras de infraestrutura cheguem ao Novo Gama.
A aposentada Maria Alves Rodrigues, moradora da cidade há 15 anos, afirma que a maior necessidade da cidade é o esgotamento. “O mau cheiro incomoda muito e o pior é que é em toda a rua, pois todas as casas têm fossa. Tive que parar de usar a cisterna por causa disso. Fiquei com nojo da água”, diz.

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