Francisco Dutra
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Além do combate às distorções e falhas no controle do quadro de pessoal dos hospitais públicos, a exemplo das investigações no Hospital de Base, as instituições de fiscalização também estão atentas às condições das unidades básicas da rede, teoricamente responsáveis pelo atendimento inicial para a população.
Em junho do ano passado, uma auditoria cívica mapeou as condições de 63 unidades, distribuídas em 17 regiões administrativas. Com a ajuda de 300 auditores cívicos voluntários, o projeto flagrou 2.871 problemas. Na quinta-feira da próxima semana, a iniciativa voltará aos locais para conferir se os gestores corrigiram as deficiências ou não. Conforme o caso, ações de cobrança e penalização poderão ser disparadas.
O projeto conta com o apoio do Ministério Público, do Instituto de Fiscalização e Controle e da Controladoria-Geral do DF. A maior parte dos problemas encontrados é referente à estrutura física das unidades. Pontualmente, foram encontrados 1.263 casos. A segunda fragilidade mais presente diz respeito à farmácia, com 934 ocorrências. Questões envolvendo falta de equipamentos e insumos somaram 665 alertas.
A auditoria cívica flagrou a ausência de locais adequados para o depósito de lixo em Samambaia e Sobradinho. Já no Riacho Fundo e Brazlândia, os auditores não encontraram farmácia ou local adequado para o armanezamento de medicamentos.
A pesquisa também foi qualitativa e buscou as notas dos usuários para cada unidade. As três piores foram da Estrutural, Granja do Torto e São Sebastião. Por outro lado, Gama, Cadangolândia e Riacho Fundo foram as mais bem avaliadas.