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Brasília

PCDF fala sobre possível troca de bebês em Planaltina

Mulher descobriu no ano passado que sua filha, de seis anos, na verdade, não é sua filha biológica. Justiça afirma que houve troca

Redação Jornal de Brasília

25/10/2021 9h50

Foto: Divulgação

A 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) falou sobre o caso dos bebês trocados no Hospital Regional de Planaltina (HRP). A expectativa dos agentes é de que a investigação seja concluída em “poucos dias”.

“Diversas diligências foram realizadas, incluindo exames técnicos. Portanto, esperamos que, em poucos dias, essa investigação seja concluída”, afirmou o delegado-chefe da 16ª DP, Diego Cavalcante. Não há, porém, mais informações, devido à pouca idade dos envolvidos e a sensibilidade do caso.

O caso

No ano passado, a dona de casa Geruza Ferreira descobriu que a filha, de seis anos, na verdade, não é sua filha biológica. Um exame de DNA provou que não há relação de sangue entre a mulher e a criança, que não teve o nome divulgado.

A criança nasceu em 14 de maio de 2014. “Por volta das 5h, eu tive a bebê. Eles [os funcionários do HRP] levaram, deram banho, trouxeram e me deram. Quando eu cheguei em casa, os vizinhos, por eu ser mais clara e o pai dela também ser claro, sempre falavam: ‘Essa menina é muito escura’. Mas na minha família tem todas as cores, aí eu nunca dei importância para isso”, disse Geruza ao portal G1.

O pai da criança e Geruza ficaram juntos somente até o nascimento da criança, mas ele ajudou a mulher e a filha financeiramente. Porém, no ano passado, o homem decidiu fazer um exame de DNA, e o laudo mostrou que a menina não era filha dele. A mulher se surpreendeu com a ação e também decidiu fazer um exame, que comprovou que ela e a criança de fato não são parentes.

O entendimento do Tribunal de Justiça (TJDFT) é o mesmo de Geruza: de que houve troca de bebês na maternidade. A Justiça determinou que o Governo do Distrito Federal (GDF) pague R$ 300 mil à família de Geruza por danos morais. O GDF nega que tenha ocorrido troca e recorreu à decisão judicial.

“Foi um crime o que fizeram, comigo e com a outra família. A menor que está comigo eu sei que está sendo bem cuidada, tem amor. E a outra? Onde e como está? Como está sendo tratada? Ás vezes, eu nem durmo a noite, pensando”, lamenta a mulher.

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