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Brasília

PCDF conclui inquérito sobre homem que agrediu adolescente de 14 anos

O documento, já enviado ao Poder Judiciário, indica os crimes de ameaça, injúria e lesão corporal

Redação Jornal de Brasília

28/04/2022 18h37

Foto/Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela apuração do caso do adolescente de 14 anos espancado pelo vizinho, Victor Sales Batista, de 27, concluiu o inquérito do caso. O documento, já enviado ao Poder Judiciário, indica os crimes de ameaça, injúria e lesão corporal. A confusão foi formada no último sábado (23).

Segundo o delegado responsável pela 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante, Rafael Bernardino, o que confirmou a tese dos crimes foi o exame de lesão corporal, que indicou a veracidade das lesões.

“O laudo do Instituto Médico Legal (IML) do exame do corpo de delito, confirmou as lesões sofridas pela vítima e o procedimento por crime de lesão corporal foi concluído. Agora, o procedimento está com o Poder Judiciário, no juizado do Núcleo Bandeirante”, disse Bernardino.

Ontem (27), Victor prestou depoimento à PCDF. O homem, que estava acompanhado de advogados na ida à delegacia, espancou o garoto em uma quadra esportiva na 3ª avenida da Vila Divinéia, no Núcleo Bandeirante.

O advogado de Victor, Guilherme Alves, contou que seu cliente não nega a agressão, mas afirma que ele teve motivos até chegar ao ponto da briga. “O menor chegou a ameaçá-lo de morte, disse que ele ou o irmão o matariam, jogaram ovo na casa do Victor. Inclusive, no dia dos fatos, chegou a jogar um ovo lá dentro, antes do ocorrido”, disse.

O agressor se diz arrependido e afirmou que tem depressão, ansiedade e toma remédios controlados. Em sua versão, no dia do crime, teria saído para caminhar quando encontrou com o adolescente, se desentendeu com ele, e acabou cometendo as agressões.

Segundo a TV Globo, no entanto, moradores da região disseram que a vítima e o agressor são vizinhos. Na tarde do acontecimento, por estar sem a chave de casa, o adolescente assobiou e gritou para que a mãe abrisse a porta, segundo testemunhas.

Apesar de ser investigado pela 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante, Victor prestou depoimento na 14ª DP, no Gama, por questão de segurança, já que está sofrendo ameaças.

O caso é tratado como ameaça, injúria e lesão corporal, com menor potencial ofensivo. A defesa do adolescente pede que seja apurado como tentativa de homicídio por motivo fútil. No momento, o crime é visto como lesão corporal leve.

Ainda de acordo com os relatos, incomodado com o barulho, o homem discutiu com o menino. Momentos depois, quando ele já estava na quadra, o agressor apareceu e espancou a vítima.

O homem chutou o adolescente, que estava no chão. Outras pessoas na quadra gritavam por ajuda. Em seguida, o suspeito deixou o local, enquanto o menino continuou deitado.

Os policiais chegaram a realizar patrulhamento pela área, mas não encontraram o agressor. O jovem e a mãe foram levados à 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante, que investiga o caso. Em depoimento, o adolescente disse que o suspeito sempre “implicava” com ele e já tinha dito que “não ia com a sua cara”.

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