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Brasília

PCC ameaçou delegados, policiais e juízes do DF

“Gravatas” transmitiam as ordens e ameaças de dentro para fora do presídio. Membros da facção tiveram acesso a fotos de delegados

Redação Jornal de Brasília

07/01/2020 13h03

Foto: Divulgação/PCDF

Lucas Neiva e Willian Matos
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Após a transferência da alta cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) para os presídios do Distrito Federal, a facção vem trabalhando para se instalar na capital para articular a fuga de alguns membros. Desde então, uma célula foi formada em Brasília. Faccionados desta célula vêm ameaçando delegados, policiais e juízes locais, de acordo com a Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac), da Polícia Civil (PCDF).

As investigações, inclusive, começaram há cerca de um ano, quando uma juíza recebeu uma ameaça através de um bilhete. Foram identificados três advogados do DF que trabalham para a organização criminosa. Chamados de “gravatas”, eles repassavam ameaças e ordens de dentro para fora do presídio.

Além do bilhete que representava uma ameaça à magistrada, as investigações apuraram que os membros do PCC tiveram acesso a fotos dos delegados envolvidos na operação. Eles também foram ameaçados. O teor das intimidações, contudo, não foi detalhado.

Inscrições de membros

Na casa de um dos advogados ligados ao PCC, os policiais encontraram, nesta terça-feira (7), folhas de inscrições com informações pessoais dos integrantes da facção. Os documentos são chamados pelo grupo de “cara-crachá”.

Fichas de inscrições. Foto: Divulgação/PCDF

 

Operação Guardiã 61

A Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) da Polícia Civil (PCDF) deflagrou nesta terça-feira (7) uma megaoperação contra a consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal. Eles estariam trabalhando para desenvolver e consolidar a organização no DF pelo fato de a alta cúpula da facção estar cumprindo pena no Presídio Federal de Brasília há cerca de um ano.

A operação foi batizada de Guardiã 61. As investigações vêm sendo realizadas há cerca de um ano, após uma juíza receber um bilhete enviado por um membro de dentro do presídio. 

Ainda segundo os investigadores, o grupo tem núcleos específicos de atuação: uma parte se dedicava a crimes de roubo e tráfico de drogas, enquanto a outra articulava a consolidação do grupo no DF. Os criminosos contavam com auxílio de advogados, além de outros presidiários e ex-presidiários.

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