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Brasília

Para secretário de Trabalho, taxa de desemprego pode reduzir por meio de qualificação profissional

“É preciso saber o que a empresa quer consumir. Não adianta ela querer um tipo de profissional e ser oferecido outro”, disse o secretário

Catarina Lima

18/08/2020 18h39

Foto: Reinaldo Canato

“Nosso desafio é aproximar o emprego de quem quer a vaga.” A frase é do Secretário de Trabalho do Distrito Federal, Thales Mendes Ferreira, que acredita que a taxa de desemprego de 21,3%, verificada em junho, pela Codeplan, pode ser reduzida por meio da qualificação profissional. No mesmo período em 2019, o desemprego era de 18%. Para isso, o responsável pela Setrab está direcionando seus projetos para o aprimoramento daqueles que procuram emprego, como por exemplo, com a abertura de 4.000 vagas para qualificação, com ênfase no setor de serviços. As aulas serão presenciais e deverão começar quando as escolas voltarem a funcionar.

Outra forma encontrada pela Secretaria de Trabalho para reduzir o desemprego no DF por meio da qualificação é descobrir o que os empresários precisam e, a partir daí, oferecer os cursos necessários, que deverão ficar a cargo do Sistema S – um dos principais formadores de mão de obra do País. “É preciso saber o que a empresa quer consumir. Não adianta ela querer um tipo de profissional e ser oferecido outro”, disse o Secretário, acrescentando que vagas existem, mas muitas vezes não há profissionais aptos para ocupá-las.

No dia 28 de julho a Codeplan estimava que o contingente de desempregados era de 327 mil pessoas. A maior taxa de desemprego verificada foi no grupo de regiões administrativas que engloba Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA/Estrutural e Varjão, com 32% de pessoas sem ocupação na população economicamente ativa (PEA). Classificadas pela Codeplan como regiões de baixa renda, nessas localidades os moradores têm mais dificuldade em se qualificar para o mercado de trabalho. Outra medida será a criação do Observatório do Trabalho, que deverá funcionar em cerca de um mês e trará informações para quem procura emprego e para o empregador.

De acordo coma Codeplan, entre os homens o desemprego passou de 17% para 19,8%. E entre as mulheres, de 21,9% para 23,5%. No recorte por raça, entre os negros aumentou de 20,8% para 24,2%. Já para os não negros passou de 16,2% para 16,3%.

O setor de serviços foi o mais atingido pela crise em números absolutos, no trimestre fechado de junho, registrando 27 mil postos ocupados a menos (-3%) que o mês anterior. Em seguida, veio o comércio, com cinco mil trabalhadores a menos (-2,4%) e a construção, com redução de quatro mil empregados, (-7,8%) a maior queda percentual entre os setores. A indústria de transformação teve uma queda de dois mil o ocupados (-4,5%).

15,5 mil empresas a mais durante a pandemia

Apesar da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, entre a data de 17 de março e 6 de agosto 22.744 empresas foram abertas e 7.223 fecharam as portas. De acordo com o Secretário de Trabalho do DF isso comprova a grande capacidade de recuperação que a cidade deverá ter com relação a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. “A composição econômica de Brasília é diferente da dos outros estados, devido a grande quantidade de servidores públicos que vivem aqui. A maior parte das pessoas ficou em casa, mas não perdeu o emprego” avaliou.

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