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Brasília

Para professor da UnB, DF vive primeira onda de covid-19 com oscilações

Segundo ele, a redução no número de casos e de mortes pela doença se deve as ações de prevenção desenvolvidas pela sociedade

Catarina Lima

18/11/2020 18h08

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

O professor Jonas Lotufo de Carvalho, da faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), disse que o Distrito Federal ainda vive uma primeira onda de coronavírus, mas com oscilações. Segundo ele, a redução no número de casos e de mortes pela doença se deve as ações de prevenção desenvolvidas pela sociedade. “O problema agora é achar que a pandemia passou e que se pode voltar a normalidade anterior. Isso não é possível. O retorno das atividades tem que ser num novo contexto, com segurança. Se não for assim, teremos um aumento no número de casos”, previu.

“É imenso o número de pessoas ainda não infectadas e pessoas já infectadas que podem ter novamente o vírus. Se a gente não controlar a biossegurança teremos um grande aumento do número de casos” alertou. O professor Jonas enfatizou que precisamos conviver com essas oscilações, restringindo as atividades toda vez que os casos começarem a aumentar.

Jonas Lotufo destacou dois pontos importantes para a contenção do coronavírus: em primeiro lugar o aumento do número de testes de PCR. Segundo ele, o DF tem anunciado o número de testes feitos, mas baseado nos do tipo rápidos que ajudam em poucos contextos. Ele afirmou que o teste eficiente para a tomada de decisão e redução da pandemia é o de PCR. O segundo item importante apontado pelo pesquisador é a necessidade de organização das ações de rastreamento de casos e contatos. Nós não temos feito isso nem no País como um todo e nem no DF. “Sem essas medidas fica muito difícil conter o vírus num nível aceitável. Ainda temos um patamar muito alto de transmissão e testagem baixa”, explicou.

O professor lembrou, ainda, a necessidade de reforço na atenção primária e integração com a vigilância. Ele alertou que é muito importante o fortalecimento da Vigilância Sanitária, órgão responsável pela fiscalização da biossegurança. Jonas lembrou que alguns ambientes são mais importantes na transmissão do vírus, por serem locais onde fala-se mais e respira-se mais, como academias, os bares e os restaurantes. “Esses ambientes deveriam passar por mais fiscalização”, alertou.

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