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Brasília

Pandemia: sobra medo, falta responsabilidade

Comerciantes temem possível restrição, mas não usam máscara corretamente

Redação Jornal de Brasília

05/10/2021 6h58

Amanda Karolyne e Vítor Mendonça
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Apesar do índice de transmissão do coronavírus – de 1,14 – ser o maior desde o dia 18 de março, os bares, shoppings e os estabelecimentos em geral estão abertos na Região Admnistrativa do Distrito Federal com o maior registro de casos. Com mais 54.299 casos registrados de covid-19 em Ceilândia, nas ruas da cidade as pessoas andam com as máscaras necessárias para a proteção contra o vírus, mas muitas delas estão com as máscaras penduradas indevidamente no queixo.

Mesmo sem seguir o protocolo sanitário, por não usar máscara, Igor Queiroz, 25, gerente da Dona Lu restaurante e lanchonete, diz que se preocupa com o risco de uma nova restrição. O estabelecimento onde trabalha foi fechado durante dois meses no ano passado. “Aqui todo mundo pegou no início, e já está todo mundo vacinado”, afirma. A opção de vacinar ficou em aberto para os funcionários do local, mas ele conta que todos optaram por vacinar. Ele diz que o restaurante está fazendo o básico para não fechar como o uso constante de álcool em gel no local.

Outra comerciante local, Shirley Gonçalves Pereira, 39, ficou três meses com o negócio fechado no início da pandemia. “Ficamos sem dinheiro, sem emprego, foi horrível”, conta. Ela não pegou covid, e já tomou a primeira dose da vacina. Como a lanchonete JK Lanches é sua única fonte de renda, de máscara, se preocupa muito com o futuro. Para ela, tudo foi flexibilizado muito rápido, principalmente casa de show e bar com muitas pessoas, e isso evitou com que o comércio respirasse, pois agora correm o risco de fecharem novamente.

Outros comerciantes não estão muito preocupados com a restrição. E como informado em nota pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito-Federal (Fecomércio-DF), no momento não há planejamento para novas restrições de funcionamento do comércio. O setor acompanha o que diz a pasta da Secretaria de Saúde, e mesmo com a preocupação com o aumento de transmissão, o comércio seguirá aberto.

Ontem, a taxa de transmissão do novo coronavírus se manteve em patamar preocupante ontem na capital, não visto desde março deste ano, quando a pandemia da covid-19 teve a segunda onda no Distrito Federal. O índice permaneceu em 1,14, o que significa que 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outros 114 cidadãos.

O limite aceitável, de acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde, é até 1,00. Abaixo, a pandemia tende a acabar.

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