Nesta terça-feira, 30, foi deflagrada pela Polícia Federal a Operação Rarus, que tem como objetivo refrear fraudes em entregas de medicamentos de alto custo, adquiridos com dinheiro público para pessoas portadoras de doenças raras por meio de ações judiciais. Os policiais cumprem, no total, oito mandados de busca em São Paulo e também no Distrito Federal, expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal de Brasília.
De acordo com os investigadores, que contaram com o apoio da Controladoria-Geral da União (GCU), entre os anos de 2015 e 2018, as ações judiciais eram patrocinadas por uma farmacêutica que se valia de uma associação de pacientes para induzir médicos a prescreverem os seus produtos.
As investigações apuram, também, a existência de pacientes que não possuíam a indicação médica para o uso de tais medicamentos e se há envolvimento de dirigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em atos de corrupção.
Os envolvidos irão responder por crimes de corrupção ativa e passiva, e violação de sigilo funcional. As penas variam entre 12 e 18 anos de prisão.
