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Brasília

Operação Huracán: Youtuber Klebim e grupo investigado deixam cadeia com tornozeleira

Os réus precisam manter uma distância de 200 metros uns dos outros e não podem manter nenhum tipo de contato, seja por meio de telefone, redes sociais ou aplicativos de conversa instantânea

Marcus Eduardo Pereira

26/03/2022 11h58

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou a liberdade condicional aos investigados da Operação Huracán, que inclui o influencer Kleber Moraes, o Klebim e mais três envolvidos no caso que investiga o grupo de estelionatários que praticava sorteios ilegais, lavava o dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”.

De acordo com a decisão do magistrado, foi aplicado uma série de medidas cautelares, além do uso de tornozeleira eletrônica de Klebim, Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. Os quatro foram proibidos de permanecer na rua entre o horário de 19h e 6h. Também não podem frequentar bares, boates, distribuidoras de bebidas, locais de espetáculos, festas e qualquer reunião social com mais de 10 pessoas, inclusive nas próprias residências.

Os réus precisam manter uma distância de 200 metros uns dos outros e não podem manter nenhum tipo de contato, seja por meio de telefone, redes sociais ou aplicativos de conversa instantânea. O quarteto ainda foi proibido de deixar o Distrito Federal.

Na manhã de segunda-feira (21), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Huracán, onde foram cumpridos quatro prisões temporárias, sete mandados de buscas e apreensão, o sequestro de nove carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de uma mansão no Park Way avaliada em R$ 4 milhões no início desta semana.

Quatro investigados e três empresas envolvidas tiveram R$ 10 milhões de contas. Dentre eles, o influenciador digital, Klebim, que utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo customizados, e Eduardo Best, produtor musical do rapper Hungria.

Os outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale.

De acordo com as investigações, a organização realizava sorteios ilegais, lavava o dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”. Todos movimentavam as rifas clandestinas e auxiliavam na entrega dos veículos recebendo comissões em dinheiro pagas pelo youtube.

Eduardo Best coleciona 347 mil seguidores no Instagram e Klebim 1,4 milhões. Segundo a polícia, além de lavar o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, o influente passou a emprestar dinheiro para criminosos que praticam roubos e furtos. Os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em dois anos, de acordo com a DRF.

O Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no País, considera rifa prática ilegal, mesmo que o dinheiro seja utilizado parcialmente para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”, conforme a Pasta.

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