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Brasília

Operação Huracán: Klebim perde mais um “tunado” para a PCDF

A BMW estava sendo preparada para mais um sorteio ilegal. O influencer responde por lavagem de dinheiro com o sistema de rifas

Marcus Eduardo Pereira

25/03/2022 7h54

Foto: O influencer Klebim, chefe do esquema de lavagem de dinheiro, com Eduardo Best e o rapper Hungria

Investigadores responsáveis pela Operação Huracán, que investiga o influencer Kleber Moraes, o Klebim, e o produtor musical Eduardo Best por lavagem dinheiro, apreenderam mais um carro que estava sendo preparado para o sorteio ilegal nesta sexta-feira (25).

Foram cumpridos quatro prisões temporárias, sete mandados de buscas e apreensão, o sequestro de nove carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de uma mansão no Park Way avaliada em R$ 4 milhões no início desta semana.

Quatro investigados e três empresas envolvidas tiveram R$ 10 milhões de contas. Dentre eles, o influenciador digital, Klebim, que utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo customizados, e Eduardo Best, produtor musical do rapper Hungria.

Outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale.

De acordo com as investigações, a organização realizava sorteios ilegais, lavava o dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”. Todos movimentavam as rifas clandestinas e auxiliavam na entrega dos veículos recebendo comissões em dinheiro pagas pelo youtube.

Eduardo Best coleciona 347 mil seguidores no Instagram e Klebim 1,4 milhões. Segundo a polícia, além de lavar o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, o influente passou a emprestar dinheiro para criminosos que praticam roubos e furtos. Os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em dois anos, de acordo com a DRF.

O Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no País, considera rifa prática ilegal, mesmo que o dinheiro seja utilizado parcialmente para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”, conforme a Pasta.

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