Menu
Brasília

Operação Deep Sea desarticula grupo que aplicava golpes na internet

Foram 30 mandados de busca e apreensão e 20 pessoas presas em todo o Distrito Federal e no estado de Goiás, na manhã desta sexta-feira (11)

Marcus Eduardo Pereira

11/03/2022 8h45

Foto: Reprodução/Agência Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da Corf, e com o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), cumpriu 30 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão temporária em todo o Distrito Federal e no estado de Goiás, na manhã desta sexta-feira (11).

A Operação Deep Sea (mar profundo) prendeu 20 pessoas, desarticulando um grupo criminoso que, desde 2019, pratica vários crimes de furto mediante fraude por meio eletrônico.

A operação deflagrada cumpriu mandados em Santa Maria, Ceilândia, Gama,Riacho Fundo I, Sobradinho e Planaltina, além de Goiânia, Novo Gama e Cristalina, no estado de Goiás.

A investigação começou em março de 2021, quando os criminosos realizaram contato com uma empresa de Taguatinga, se passando por funcionários de um banco, induzindo a vítima a acessar a página falsa da instituição bancária, onde foram subtraídos os dados da empresa e retirados, por meio de transferências, cerca de R$ 200 mil (prática conhecida como phishing).

O grupo também praticava o Golpe do Falso Boleto, onde as pessoas introduzem seus dados em páginas falsas de banco na internet. Ao receber os boletos fraudados, vítima paga com os códigos de barras, que têm como beneficiários os CNPJs de empresas de integrantes da organização, usados para fraudar, receber, lavar, simular e ocultar os valores subtraídos.

Outro golpe aplicado pelo grupo, utilizava fotografia da vítima retirada de redes sociais, para pedir dinheiro a familiares e amigos por meio do Whatsapp, em um número de telefone diferente do da vítima.

A organização criminosa é estruturada e os integrantes possuem atividades específicas, como a função de líder , hacker, chefes de núcleos (de Santa Maria e Planaltina, no DF), recrutadores, administradores e repassadores, que cedem as contas bancárias pessoais e de empresas, por 10% do dinheiro do golpe como pagamento. Os criminosos preferencialmente utilizavam contas bancárias de pessoas jurídicas de empresas fantasma. Cerca de 200 pessoas foram vítimas do grupo criminoso, tendo gerado um prejuízo de mais de R$ 10 milhões.

Parte dos indiciados possui antecedentes criminais por estelionatos, ameaças, injúrias, porte ilegal de arma de fogo, roubos, homicídio tentado, coação no curso do processo, associação criminosa, tráfico e posse de drogas, crimes abrangidos pela Lei Maria da Penha, dentre outros delitos.

Os suspeitos respondem por fraude por meio eletrônico (pena de dois a oito anos), estelionato (pena de um a cinco anos), organização criminosa (pena de três a oito anos) e lavagem de dinheiro (pena de três a dez anos).

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado