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Brasília

Novembro Negro: deputado estabelece mês para igualdade racial

A ideia é criar um fórum permanente para reuniões mensais em 2020 para fortalecer o tema de igualdade racial e de povos e comunidades tradicionais

Aline Rocha

31/10/2019 15h54

Da Redação
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Com o objetivo de construir uma agenda permanente de superação do racismo no Distrito Federal e marcar o mês de lutas pró-valorização da identidade e da cultura do povo negro, o gabinete do deputado Distrital Fábio Félix se junta a movimentos e instituições para realizar o Novembro Negro. 

Eles pretendem, com a ação, estabelecer políticas de promoção da igualdade racial e da liberdade religiosa. Fórum de Negritude, Roda de Candomblé, atividades culturais, seminários e apresentação de projetos de Lei marcarão o período.

A ideia é criar um fórum permanente para reuniões mensais em 2020 para fortalecer o tema de igualdade racial e de povos e comunidades tradicionais. 

O gabinete se juntou a mais 24 entidades para criar o Novembro Negro. São elas: Movimento Negro Unificado – MNU, Casa Akotirene, Coletivas Pretinhas, INAÓ, NSB, Juventude de Terreiro, Conselho de Defesa dos Direitos do Negro – CDDN, Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF, Pretas no Topo, Ponto de Cultura Ação e Tradição, Ilê Asé Logum Cetomi, Nzo Jimona dia Nzambi, Fórum da Juventude de Terreiro do DF e entorno, Manzo Kalla Muisu, Instituto Cultural e Educacional Lua Branca — INCLUA e Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos da SEJUS, entre outras.

A abertura contará com Roda de Candomblé na Câmara Legislativa. Com o lema Celebrar & Resistir, o evento acontecerá no dia 1º de novembro, às 17hs, na Praça do Servidor – Térreo Inferior. Dando sequência às atividades, teremos festivais internacionais, oficinas, seminários, exposições, debates sobre boas práticas e sobre a participação de negros na política, além de Sessão Solene e entrega do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos. Confira a programação toda aqui: https://bit.ly/2NmHWir

“O orgulho da nossa identidade é uma das dimensões mais importantes deste mês em que celebramos a consciência negra. Mas também não podemos deixar a mobilização de lado. O Brasil é um país racista, que mata seus jovens e mulheres negras e que mantém há séculos uma realidade de profunda desigualdade e de intolerância. Precisamos avançar e consolidar programas que permitam a superação desse quadro”, destacou Fábio Felix, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa.

“É de extrema importância a união dos Movimentos Negros do Distrito Federal, com esta junção, podemos construir de maneira coletiva ações que enaltecem o povo negro. A construção coletiva de um calendário de atividades para o novembro negro é satisfatória, pois assim conseguimos mapear as organizações de luta e principalmente saber onde estão os negros e negras do DF. Nos aquilombar é preciso, porém, só conseguiremos obter êxito quando todos e todas se unirem em busca de um propósito maior”, pontua Jéssica Alves, da Casa Akotirene.

Também vai ser protocolado um Projeto de Lei que cria o Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – CODIPIR, com a reinclusão das comunidades tradicionais de matriz africana e a previsão da criação de um fundo para a igualdade racial. O executivo chegou a apresentar uma proposta, o PL 1.323/2016, mas esses segmentos foram retirados da proposta do governo ao longo de sua tramitação na CLDF. Também será apresentada uma cartilha sobre regularização de terreiros, elaborada com a participação de diversos movimentos.

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