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Brasília

Nova gestão do Pró-Vítima busca ampliar ajuda às mulheres

Willian Matos

28/05/2019 11h08

Foto: Divulgação/Sejus

Da redação
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O Pró-Vítima irá mudar a roupagem para atender o público feminino. A iniciativa, batizada de Banco de Talentos, foi testada neste mês de maio e mostrou bons resultados, segundo a Secretaria de Justiça. Agora, além do atendimento psicossocial, o programa vai realizar ações de engajamento das vítimas no mundo do trabalho, com a organização de feiras itinerantes.

A subsecretária de Apoio a Vítimas de Violência, Juciara Rodrigues, comenta sobre uma das feiras. “Organizamos a primeira delas aqui na sede da Sejus [Secretaria de Justiça]. Reunimos 22 mulheres para expor trabalhos artesanais, culinária e produtos de beleza. Mais de 300 pessoas visitaram a exposição. Elas conseguiram arrecadar, num único dia, R$ 6 mil. Muitas delas esbarram em questões financeiras para se livrar do agressor, e essa oportunidade foi muito importante”, relata Juciara.

A subsecretária pretende organizar pelo menos uma feira em cada cidade do DF. A pasta, atualmente, quer parceria com a Secretaria de Educação para levar para dentro das escolas públicas do DF vários debates sobre violência contra a mulher. “Queremos ajudar a promover seminários envolvendo alunos do ensino médio, para que sejam os protagonistas. Precisamos ampliar o debate para combater o preconceito e a violência dentro das casas, das famílias. É um debate que todos precisam fazer”, afirma, dizendo que os homens têm de ser envolvidos nesse tipo de discussão.

Agressões e importância da denúncia

Juciara destaca a importância da denúncia e reforça a necessidade de a pessoa agredida buscar ajuda aos primeiros sinais do agressor. “Muitas vítimas só percebem a violência quando há agressão física, mas a violência vem bem antes disso. As mulheres precisam identificar e interromper o ciclo o quanto antes”, adverte.

A coordenadora do Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher, Dulcielly Nóbrega de Almeida, também fala da importância de buscar apoio, seja no Pró-Vítima, nas delegacias ou nas unidades do Centro de Atendimento Especializado à Mulher (Ceam). “A gente vê pelas estatísticas que a denúncia e as medidas protetivas salvam vidas. Apenas em 1,5% dos casos das mulheres vítimas de feminicídio, havia algum tipo de medida protetiva em vigência. Isso significa que, para muitos homens, a denúncia ou mesmo a medida protetiva fez a diferença, seja porque eles têm medo de perder o emprego ou de serem presos”.

Com informações da Agência Brasília

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