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Brasília

Museus do DF celebram Dia internacional dos Museus

Atividades incluem mesas de debate, live e parceria com UnB

Redação Jornal de Brasília

13/05/2023 8h51

Museu Nacional da República.

Museu Nacional da República. Foto: Junior Aragão

O Dia Internacional dos Museus, celebrado em 18 de maio, vai ser assunto dos equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) em duas mesas redondas, na mesma data, dentro do “1º Colóquio sobre Gestão do Patrimônio Musealizado em Órgãos Públicos”. O evento, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília, fará, pela manhã, com convidados externos, “reflexões sobre musealização de bens e espaços em instituições públicas”. A mesa da tarde, com servidores da Diretoria de Preservação da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), discorrerá sobre o “mapeamento de acervos e plano museológico no âmbito dos museus” da pasta.

O termo “musealizar” – tornar um objeto artigo de museu –, presente na primeira palestra, guarda nexo de sentido com a noção de mapear acervos, assunto na outra mesa. Mapear o acervo significa identificar as peças de uma coleção, o que possibilita, num segundo momento, construir o plano museológico da instituição, estabelecendo a identidade do museu: o que deve manter, adquirir e descartar. “Essa discussão é primordial para a construção e administração de museus”, afirma a diretora de Preservação, Aline Ferrari, que fará a mediação na mesa da manhã.

“Vamos apresentar o mapeamento dos nossos acervos, feito por acordo de cooperação internacional, e que nos permite definir melhor a identidade de nossos espaços e trabalhar nos planos museológicos de cada um deles. Isso também é um ponto de partida para constituirmos um sistema de museus públicos do DF e dar suporte aos que não fazem parte da secretaria”, explica o titular da Supac, Aquiles Brayner.

“Vamos poder discutir ainda o que é um museu, as finalidades desse tipo de instituição no século 21 e as perspectivas de fomento e criação desses espaços”, acrescenta o subsecretário. Brayner defende que museus públicos não sejam pensados apenas como instituições administradas pelo estado, mas também como lugares imaginados pelas comunidades para conservação de bens materiais e imateriais de valor local. “Queremos dar suporte para que comunidades contem suas histórias”, afirma.

Os museus administrados pela Secec são Museu Nacional da República (MuN), Museu de Arte de Brasília (MAB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Espaço Lúcio Costa e Museu Histórico de Brasília. O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves e o Espaço Oscar Niemeyer não são tecnicamente museus, mas dispõem de acervo. Os últimos quatro equipamentos formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P), no entorno da praça de mesmo nome.

UnB e Territórios Culturais

Um acordo de cooperação técnica entre a Secec e a Universidade de Brasília (UnB) firmado em 2020 e cuja implementação foi adiada em razão da pandemia é uma novidade que finalmente sairá do papel. Pelo acordo, estudantes do curso de Museologia da UnB vão ser selecionados para estagiar nos equipamentos da Secec. Com o auxílio de professores da universidade, farão diagnósticos dos museus públicos, propondo intervenções e sugerindo mediações para recepção e formação de público. Os primeiros espaços a ganharem esse reforço de qualificação são MPI, MVMC, Catetinho e as unidades do CC3P.

Como parte das comemorações em torno do Dia Internacional dos Museus, a Secec vai fazer uma “live” na segunda-feira (15/5), para divulgar o projeto “Territórios Culturais”, uma cooperação entre a pasta e a Secretaria de Educação. Com a participação de professores da rede pública, a iniciativa promove educação patrimonial e reflexão crítica sobre o pertencimento ao DF a partir de espaços da Secec – além dos já citados MuN, Catetinho, MVMC, CC3P e MPI, o Cine Brasília também é utilizado para filmes educativos.

A página do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) na internet, ao divulgar a 21ª Semana Nacional dos Museus, afirma que o tema escolhido para celebrar o 18 de maio este ano em mais de 35 mil museus espalhados em 140 países em torno do mundo – “Museus, sustentabilidade e bem-estar” – “lembra-nos que os museus podem contribuir para o bem-estar das pessoas de muitas maneiras, incluindo a promoção da saúde mental, a educação e a sensibilização ambiental”.

Para a pedagoga e analista de atividades culturais da Secec, Alessandra Lucena Bittencourt, que faz a coordenação técnica e o acompanhamento dos Territórios Culturais, essa passagem no texto da instituição federal dialoga bem com o projeto do GDF. “A ideia é que os Territórios passem a integrar regularmente a programação da Semana de Museus, e essa ‘live’ busca divulgar as ações do projeto”, informa a servidora.

As informações são da Secec

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