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Brasília

Mulher dá à luz no DF sem saber que estava grávida

A unidade onde o bebê nasceu não é especializada em partos, mas a situação foi tão urgente que o procedimento foi realizado ali mesmo

Evellyn Luchetta

12/05/2022 22h05

Manuela nasceu de forma inesperada, mas o parto ocorreu de forma natural e com sucesso | Foto Divulgação/Iges-DF

Uma situação inusitada deixou os profissionais da saúde uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em São Sebastião, espantados. À 0h06 desta terça-feira, 07, a pequena Manuela veio ao mundo, sem que sua mãe, Eurizania Pereira da Silva, soubesse da sua existência.

A unidade onde o bebê nasceu não é especializada em partos, mas a situação foi tão urgente que o procedimento foi realizado ali mesmo, naturalmente e com sucesso.

“A formação do médico, enfermeiro e técnico de enfermagem é generalista. Então, independentemente de a UPA ser uma unidade sem subespecialidade, a equipe tem capacidade de atender urgências e de fazer o primeiro atendimento para todos os casos” disse Marcelo Martins Oliveira, médico da UPA, em entrevista a Agência Brasília.

Eurizania procurou a UPA com o intuito de descobrir a causa de uma dor abdominal insistente. Lá, disse que não sabia da gestação, mas que a surpresa foi boa e deixou todos felizes.

O médico conta que foi imediatamente constatado que se tratava de um trabalho de parto. “Primeiro ela passou pela classificação de risco, às 23h46. Quando fiz o exame físico, imediatamente foi possível ver que ela estava em trabalho de parto. Assim, já colocamos a paciente em uma maca e a levamos para a Sala Vermelha. Poucos minutos depois, o parto ocorreu de forma natural e espontânea junto à equipe médica e de enfermagem”.

“Ela nasceu ativa, pegou o peito da mãe em menos de um minuto e não demonstrou nenhum sinal de instabilidade. Em seguida, já entramos em contato com o Samu e ela foi transferida para o Hospital Regional Leste”, continuou Oliveira, que atua há pouco mais de dois anos na UPA.

Fernanda Faustino, técnica de enfermagem da UPA e que trabalhou no centro obstétrico do Hospital Materno Infantil (HMIB) em outro turno, ajudou na condução do parto com a experiência que possui. “Chegamos lá e a paciente estava sentada na maca do consultório gritando de dor, acompanhada do marido e da filha de mais ou menos 4 anos”, relata.

Mariela Souza de Jesus, diretora-presidente do Iges-DF, comemora o sucesso da ação: “As UPAs não são locais ideais para partos. Então, que bom que tudo ocorreu da melhor maneira e que bebê e mãe passam bem”. A bebê e a mãe foram transferidas pelo Samu para o Hospital Regional Leste, onde continuam recebendo assistência.

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