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Brasília

Moradores do DF compareceram ao evento em Campinas que contaminou 3 pessoas com a doença da febre maculosa

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, uma lista com os participantes dessa festa que moram em Brasília vai ser divulgada pelo Ministério da Saúde

Amanda Karolyne

15/06/2023 18h41

Foto: AFP

Depois dos casos de morte por febre maculosa em Campinas, São Paulo, a doença tem preocupado o Brasil. Apesar de não ter registro de casos da febre do carrapato no DF, moradores da capital federal estiveram presentes no evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, que teve três vítimas da doença infecciosa. Segundo a Secretaria de Saúde do DF, uma lista com os participantes dessa festa que moram em Brasília vai ser divulgada pelo Ministério da Saúde.

Segundo a pasta da saúde, assim que eles tiverem com a lista dos participantes do evento, poderão fazer contato com as que residem no DF. Além de divulgar um alerta epidemiológico informando as pessoas que compareceram ao evento e apresentarem os sintomas, que procurem os serviços de saúde.

A pasta ressalta que não há registro de casos de febre maculosa no DF. O último caso foi em 2019.

A febre maculosa é causada e transmitida pelo carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma cajennense. Ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa, nem pelo contato com animais infectados. A bactéria R. rickettsii é propagada aos humanos e aos animais somente através da picada de um carrapato infectado. Mais comum entre os meses de maio a novembro, a doença tem tratamento por meio de antibióticos. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a chance de cura.

Os hospedeiros mais comuns a infecção por R. rickettsii, são os animais de grande porte como os cães, bois, cavalos, e capivaras. Segundo o biólogo e gerente da Vigilância Ambiental de Vetores, Animais Peçonhentos e Ações de Campo (Gevac), Israel Moreira, as capivaras são os bichos de maior risco no DF.

Secretaria de Saúde tem canal para orientação

Desde hoje (15), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (CIEVS-DF) disponibilizou dois canais de atendimento 24 horas para receber informações e orientar a respeito de possíveis casos de febre maculosa no Distrito Federal. O contato é exclusivo para viajantes que estiveram nos últimos 15 dias em áreas com transmissão da doença e apresentem sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos.

O diretor de Vigilância Epidemiológica do DF, Fabiano dos Anjos, explica que a Secretaria de Saúde vai realizar um monitoramento amplo, indo além das pessoas que estiveram em um evento em Campinas (SP), onde contraíram a doença e morreram. “Precisamos ampliar o nosso foco para todas as pessoas que estiveram naquela região”, explica. Ele lembra que procedimento semelhante foi adotado, por exemplo, quando ocorreu a chegada da MPox (doença inicialmente chamada de “Varíola dos Macacos” e posteriormente de Monkeypox) e de variantes da covid-19.

Nenhum caso no DF

Não há nenhum registro de casos confirmados nem suspeitos no DF. Ainda assim, a Secretaria de Saúde orientou os servidores dos hospitais e das unidades básicas de saúde a respeito do acolhimento a pessoas com suspeita da doença. Será realizado o teste diagnóstico e, dependendo dos sintomas, o tratamento será iniciado imediatamente. O sinal clínico mais importante da febre maculosa são as manchas vermelhas na pele, que aparecem geralmente entre o 3º e 5º dia após o início dos sintomas.

“O Distrito Federal não é uma área endêmica das doenças transmitida pelo carrapato”, afirma o subsecretário de vigilância à saúde, Divino Valero. Não há casos registrados de óbitos por febre maculosa no DF há 20 anos.

A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. A bactéria R. rickettsii é propagada aos humanos e aos animais apenas por meio da picada do carrapato-estrela ou micuim, nomes populares da espécie Amblyomma cajennense. Esses parasitas podem viver sobre a pele de cães, bois, gambás, coelhos, cavalos e capivaras, dentre outros animais.

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