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Brasília

Missa e procissão náutica de Dom Bosco reúne autoridades e diplomatas internacionais

O evento celebrou o 138º aniversário do sonho de Dom Bosco, patrono de Brasília, e contou com a presença de autoridades do governo distrital, embaixadores e fiéis durante este domingo (28)

Redação Jornal de Brasília

29/08/2021 20h22

Atualizada 30/08/2021 10h27

Giovanna Chaves

Gabriel de Sousa
[email protected]

Após 10 anos de inatividade, a procissão náutica em homenagem ao aniversário de Dom Bosco, patrono da capital federal, foi novamente realizada neste domingo (29) e reuniu o governador Ibaneis Rocha (MDB), autoridades do governo distrital, administradores regionais e diplomatas de diversos países em uma trilha náutica pelo Lago Paranoá.

A comemoração foi organizada pela Secretaria do Turismo (Setur) em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, além de receber apoio logístico da Marinha do Brasil. O evento não ocorria desde 2011 e contou com cerca de 30 embarcações que acompanharam um catamarã clerical com a imagem do padroeiro de Brasília na sua proa.

De acordo com Vanessa Mendonça, secretária da pasta de Turismo do Governo do Distrito Federal, a celebração pode acontecer novamente após a realização de investimentos na região. “Desde o início do nosso governo, nós começamos a estruturar o turismo náutico e a identificar a necessidade das ações que já existiam e que já estavam na memória afetiva da nossa população”, afirma.

A missa liderada pelo arcebispo Dom Paulo Cezar Costa foi iniciada às 9 da manhã, e além do governador e da primeira-dama Mayara Rocha, contou com a presença do secretário da Economia, André Clemente, os secretários José Humberto Pires e Flávio Santos, o vice-almirante do 7º Distrito Naval, Gilberto Santos Kerr.

Cerca de 430 pessoas participaram da missa campal, desde autoridades à fiéis brasilienses. Os protocolos sanitários de prevenção à covid-19 foram seguidos durante todo o culto. Todos os participantes estavam portando máscaras e cada cadeira, distantes cada uma à um metro e meio de distância, portava um frasco de álcool em gel para o uso do público.

O evento foi feito para celebrar o 138º aniversário do sonho do padre italiano João Melchior Bosco, mais conhecido como Dom Bosco. Segundo a crença católica, Bosco teria sonhado em 1883, 77 anos antes da construção de Brasília, com a criação de uma cidade próxima a um lago de onde jorraria leite e mel. Por este motivo, o eclesiástico é considerado o patrono da cidade, e possui um monumento dedicado à sua vida no Lago Sul, na Ermida Dom Bosco, local onde foi iniciada a procissão náutica deste domingo (29).

Segundo Dom Paulo Cezar, a profecia de Dom Bosco significa mais do que apenas uma previsão.”O sonho de Dom Bosco não é um sonho simplesmente humano, representa a percepção de que Deus sempre está olhando por nós. O sonho de Dom Bosco toma forma através de outro homem sonhador, Juscelino Kubitschek, que foi capaz de construir aqui a capital. O sonho faz parte da vida de um povo”, disse o arcebispo.

Administradores se reúnem para discutir sobre o futuro

Em um barco cedido pela organização do evento, a administradora do Riacho Fundo II, Ana Maria Silva, e o administrador do Núcleo Bandeirante, Adalberto Carvalho, aproveitaram a vista do Lago Paranoá e da procissão náutica do 138º aniversário do sonho de Dom Bosco, para discutir sobre o futuro do lazer do Distrito Federal no período posterior ao fim da pandemia de covid-19.

Segundo a administradora do Riacho Fundo II, a atividade foi uma oportunidade para o início da retomada do calendário de lazer dos brasilienses. “O evento foi de suma importância para retomarmos a história de Dom Bosco, o que ele pensava, o que ele almejava para o futuro, e hoje vemos a importância de retomar para a vida normal e para essa procissão náutica”, disse Ana Maria Silva.

Segundo Ana Maria, os moradores da cidade que gerencia poderão em breve aproveitar as diversas opções de lazer nas manhãs de domingo. “Os jovens podem praticar o ciclismo e ir até o Tonel. Além de que temos algumas cachoeiras que podem ser usadas. Mas devido ao medo de contágio do coronavírus, as pessoas estavam receosas e acabaram se enclausurando em suas casas. Agora é uma oportunidade delas retornarem às suas vidas normais”, afirma.

Já Adalberto, relembra que o Núcleo Bandeirante juntamente com o Lago Paranoá fazem parte da história pioneira de Brasília. Os diversos moradores da região, antes chamada de “Cidade Livre”, ajudaram a realizar a criação do lago, que hoje é o maior lago artificial urbano do planeta.

Perguntado pelo Jornal de Brasília sobre qual seria a sua “visão de futuro”, tal como a de Dom Bosco no século XIX, Adalberto diz que vê uma cidade que progride a cada dia. “ Eu acho que o Bandeirante irá crescer bastante, porque o GDF está investindo bastante naquela região. Hoje em dia, vamos começar a reforma da Feira Permanente. Vamos inaugurar até o final do ano a Escola Poliesportiva, onde é o antigo Clube do SESI. Ou seja, eu vejo várias inaugurações que darão vários benefícios para a cidade.”

Diplomatas internacionais comparecem ao evento

Uma das principais autoridades presentes nas embarcações da procissão náutica foi o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy. Segundo ele,as atividades realizadas no Lago Paranoá podem servir como uma forma de unir os brasilienses com a cidade em que vivem. “É muito importante haver um evento como este, principalmente agora que o lazer está voltando no período pós-pandemia. Assim, será possível criar uma relação da cidade de Brasília com as pessoas. Assim, elas poderão voltar a se sentir bem com a cidade”, afirma Reddy.

Um dos países que tiveram representantes presentes na procissão em homenagem a Dom Bosco foi o embaixador austríaco Stefan Scholz, que aproveitou demasiadamente a tarde seca e ensolarada de agosto, que difere bastante do clima do país europeu. De acordo com o diplomata, o Brasil é um dos países da América do Sul mais importantes para a relação internacional com os austríacos.

Scholz diz que está ansioso para o comparecimento em eventos futuros, como por exemplo, a comemoração do bi-centenário da Independência, que ocorreu em 1822 e teve como uma das principais personalidades a Princesa Leopoldina da Áustria-Hungria, mulher de D. Pedro I.

Doris Melo, encarregada da embaixada do Equador no Brasil, país que também cultiva a herança católica, diz que a importância da iniciativa é a possibilidade de relembrar a herança e vida de Dom Bosco:“Ele foi o santo da juventude. Ele protegerá toda essa população jovem que nascem e que crescem nesta jovem cidade nestes tempos tão difíceis de pandemia”.

O país sul-americano possui 501 mil casos confirmados de coronavírus, tal como 32.223 óbitos em decorrência da doença. Para Doris, é necessário que as autoridades fiquem atentas e informem à população sobre os cuidados sanitários. “Todos nós precisamos estar juntos e precisamos tomar o máximo de cuidado possível, principalmente com o cuidado das mãos e também se protegendo com a máscara. Passará muito tempo [sobre o restante da pandemia], mas passará”, afirma a diplomata equatoriana.

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