Douver Barros
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Os alimentos oferecidos pelo McDonald’s são sempre rodeados de mitos e curiosidades sobre a sua preparação. Com isso, a rede abriu as portas da cozinha ao público para celebrar a Semana Internacional da Transparência. A iniciativa foi um reforço do programa Portas Abertas, que libera visitas para consumidores nos horários de menor movimentação. O Jornal de Brasília foi até as unidades do Sudoeste e da Asa Sul e conta para você o que encontrou.
Não. Não existe essa de hambúrguer feito de minhoca ou carne de cavalo. A produção é 100% bovina e adquirida de grandes fornecedores. A batata, por exemplo, vem da Argentina. O grande segredo para deixá-la crocante por fora e macia por dentro é revelado pelo gerente Helisson. “É preciso ter a temperatura e tempo certos. Ela passa por um processo de cozimento antes da fritura”, garante ele, que já soma 20 anos de trabalho na rede.
O óleo de algodão, utilizado na fritura da batata, é utilizado por até quatro dias. Após isso, é retirado e encaminhado para empresas especializadas na produção de sabão ou biodiesel. Os outros alimentos, no entanto, vão para o lixo quando passam da validade estabelecida pelo restaurante – duas horas para os condimentos. As hortaliças já chegam lavadas e cortadas dentro de sacos plásticos, prontas para irem para o pão.
Clientes felizes
A iniciativa do fast food agradou a clientela. “Achei bem legal, pois existem alguns mitos que são bem fortes na cabeça das pessoas, como a produção das carnes”, diz a biomédica Ana Paula Valverde. “O bom disso é que conseguimos ter uma noção da correria que é no dia a dia para entregar os alimentos com agilidade”, contou a estudante Emanoela Reis.
Engana-se quem pensa que os funcionários consomem sanduíches na hora das refeições. Para eles, o Mc disponibiliza um cardápio diferente para cada dia da semana, com arroz, feijão, saladas e carne. Embora não haja divulgação desses pratos, as refeições também são servidas para os consumidores. Basta pedir.
Produção de refrigerantes
Reprodução
A armazenagem dos refrigerantes também gera curiosidades. A máquina que aparece para o público é apenas a parte final do processo. O xarope com o concentrado do sabor, a água e o gás carbônico ficam em uma sala localizada depois da cozinha. Um aparato interno faz a dosagem dos líquidos e do gás, e só depois a bebida chega ao copo do cliente.
Um ponto bastante questionado pelos consumidores, segundo o gerente Helisson, é a não utilização de luvas. A recomendação é da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que diz que o material é mais suscetível à contaminação por germes. A higienização das mãos e do antebraço é feita com sabonete. Depois, a cada meia-hora, os funcionários higienizam-se com álcool em gel.
Descanso
Os funcionários também dispõem de uma sala de descanso, com TV e computador com internet. Eles têm direito a um intervalo de uma hora. Outra vantagem é a possibilidade de crescimento dentro da empresa. “Sou formado em administração, e praticamente ia para a aula para dar aula. Tudo o que via na teoria era o que fazia na prática, seja com contratação, contabilidade, gestão de pessoas”, lembra o gerente Helisson.
“Aqui é bem rotativo. O funcionário conhece todas as áreas. Ou seja, quem aprende trabalhar com chapa, também aprende a fazer o caixa. Isso é muito vantajoso”, completa a gerente de plantão Maiara, que foi promovida recentemente.
