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Brasília

Marilza do Brasil: torcedora fanática aposta em rezas para dar sorte à seleção

Arquivo Geral

27/06/2018 8h30

Atualizada 26/06/2018 20h16

Torcedora do Brasil é fã de carteirinha. Dona Marilza Guimarães da Silva. Brasilia: 26-06-2018 Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasilia

Raphaella Sconetto
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Se depender da auxiliar de enfermagem Marilza Guimarães da Silva, 67 anos, não só a goleada de hoje está garantida, mas também a volta da Seleção Brasileira com a taça do hexa em mãos. Marilza do Brasil, como é conhecida, é torcedora número um e aposta de tudo para dar sorte aos jogadores: apela para santos, mandingas e todo tipo possível de enfeite.

A paixão começou ainda quando criança. “Desde que me entendo por gente eu jogava futebol com meu irmão. Naquela época, menina não jogava isso”, lembra. Os dois irmãos foram influenciados pelo pai, que ela diz ter sido um grande apaixonado pelo esporte. “Ele nos ensinou a gostar”, pontua.

No entanto, a ideia de colecionar roupas, bonecos, sapatos, copos e outros itens que levam o verde e o amarelo veio após a Copa de 1970, quando a seleção foi tricampeã. “Tenho de tudo que você imaginar”, diz. “Sempre sonhei ter uma casa assim. Quando vim morar em Brasília, eu falei para o meu marido que queria uma casa em verde e amarelo”, completa a moradora do Grande Colorado.

E assim fez. Com três quartos, cada cômodo foi pintado por uma cor. Um, em especial, é o local onde ela guarda com carinho e zelo cada item de sua coleção. A estimativa é de que Marilza tenha cerca de dois mil objetos com a cor do Brasil.

O fanatismo virou estilo de vida. Quando o Jornal de Brasília esteve em sua residência, dona Marilza estava com as cores da bandeira da cabeça aos pés. “Até minhas peças íntimas são verdes e amarelas. Não deixo de usar em dia de jogo”, brinca.

Torcedora do Brasil é fã de carteirinha. Dona Marilza Guimarães da Silva. Brasilia: 26-06-2018 Foto: Kléber Lima/Jornal de Brasilia

Expectativa alta

A fã número um de Brasília reconhece estar com a expectativa muito alta para o jogo desta quarta-feira (27). Em casa, ela assistirá ao jogo acompanhada das crianças da rua onde mora. “Minha família não é muito de futebol. A única torcedora como eu é minha neta de oito anos. Mas as crianças da rua vêm aqui assistir, elas gostam bastante”. Para acompanhar, ela fez gelatina nos sabores de limão e abacaxi – por conta das cores – e servirá pipoca. E também preparou um visual especial: “Vou colocar a camisa da seleção de 94 e uma faixa para chamar o hexa”, acrescentou.

O Brasil entrará em campo às 15h em um jogo contra a Sérvia, o terceiro nesta Copa e que marca o último jogo da seleção na primeira fase do evento esportivo. “Se depender de mim, dessa minha força, o Brasil vai ganhar esse jogo e a copa. Em cima da minha cadeira, coloquei uma estrela de 12 pontas para mandar energia positiva”, contou.

Ao final da partida, ela pretende cantar a música da Copa de 1970. “Pra frente Brasil, no meu coração. Todos juntos, vamos pra frente Brasil. Salve a seleção! De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão. Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!”, cantarolou, enquanto colocava a música numa caixa de som.

Altar da seleção

O fanatismo pela seleção canarinho não está só. Ele vem acompanhado da devoção de Marilza por Nossa Senhora Aparecida e Santo Antônio. Em épocas de jogo, a auxiliar de enfermagem faz novenas para o time no seu quarto especial, onde há um altar com as imagens dos santos e um terço verde e amarelo. “Meia-noite vou ajoelhar e pedir para os santos abençoarem o jogo. Vai dar tudo certo”.

Paixão 365 dias por ano

“Não mudo nada. Minha casa fica assim todos os dias do ano, não só em época de jogo”, garante a auxiliar de enfermagem. Conforme a torcedora, o único detalhe que falta é a próxima estrela no portão, representando o hexa. “Desde a virada do ano, eu fiz uma faixa para falar da Copa”.

Para Marilza, o futebol é muito mais do que um esporte. “Futebol é arte, é estilo de vida. Quantos jovens que estão na seleção ou em outros times grandes que saem da favela?! O futebol tem esse poder de tirar as pessoas da ruas”, alega. Por isso, ela admite vibrar com todos os jogos. “Não paro quieta. Comemoro, torço, ando, empurro as coisas. Nada pode ficar na minha frente”, finaliza.

Serviços com horário reduzido

Os serviços públicos do Distrito Federal terão horário de funcionamento diferenciado nesta quarta-feira (27): o expediente se encerrará às 13h. Detran, Hemocentro, Na Hora, Unidades Básicas de Saúde (UBS), agências da Secretaria de Fazenda, delegacias circunscricionais, alguns pontos turísticos e bibliotecas públicas seguirão esse horário.

O metrô funcionará normalmente nos horários de pico – das 6h às 8h45 – com 24 trens. No restante da manhã, 15 trens vão circular. No horário de almoço, das 12h às 14h30, serão 20 locomotivas e três reservas. Pela tarde — até 19h45 — a operação terá 15 veículos em circulação, mas, a partir das 16h45, três ficarão disponíveis como reservas nos terminais.

Os ônibus vão circular normalmente pela manhã, com reforço no horário de pico. Das 12h30 às 14h30, haverá reforço da frota, igual ao horário de pico da tarde. Após esse horário, o serviço será ofertado de acordo com a demanda.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), as lojas de shoppings fecharão às 14h30, mas serão reabertas após o término do jogo do Brasil: às 17h30. As lojas de rua também dispensarão os funcionários às 14h30, e ficará a critério de cada estabelecimento o retorno dos empregados.

Policiamento

Ao longo de toda a Copa, a Polícia Militar está realizando ações para evitar, especialmente, embriaguez ao volante, furtos e roubos. De acordo com o chefe do Departamento Operacional da corporação, coronel Back, essas são as ocorrências mais comuns durante esse tipo de evento.

Cerca de 250 policiais militares reforçarão o policiamento. As mudanças implementadas pela Polícia Militar serão na Via Estrutural. Assim, nos dias de jogos pela manhã, a inversão das duas vias se darão para o sentido Taguatinga/Plano Piloto, das 12h às 14h. Nos jogos à tarde, as vias estarão no sentido Brasília/Taguatinga no mesmo horário. Cerca de 30 policiais atuarão nas inversões e nas blitze de alcoolemia.

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