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Brasília

Maioria dos casos de covid-19 pode vir de pacientes que não sentem os sintomas

Estudo aponta que, em Tianjin, na China, pelo menos 62% dos casos de coronavírus vieram de pessoas assintomáticas

Redação Jornal de Brasília

19/03/2020 7h47

Mulheres vestindo uma máscara respiratória atravessam a Piazza del Duomo, no centro de Milão. Foto: AFP

Um estudo realizado por pesquisadores holandeses e belgas, publicado na base de dados medRxiv, aponta que, em Tianjin, na China, 62% dos casos de infecção pelo novo coronavírus vieram de pessoas assintomáticas — isto é, que não sentiram os sintomas da doença.

Em Cingapura, outra cidade chinesa, quase metade dos casos também foram proliferados através de pessoas assintomáticas, segundo a pesquisa. Cabe ressaltar que o estudo ainda não foi revisado por pares.

Para chegar aos números, os pesquisadores trabalharam com os valores amplos das faixas de porcentagens calculadas (entre 48% e 66% dos casos de Cingapura e 62% a 77% de Tianjin). A equipe também calculou o tempo médio entre o momento em que uma pessoa é infectada e o momento em que ela infecta outra pessoa: 5,2 dias para Cingapura e 3,95 para a cidade chinesa.

Ainda não está totalmente certo qual o papel da transmissão assintomática na pandemia de Covid-19. Casos com esta origem já foram bem documentados, mas, até então, pareciam ser responsáveis pela minoria das transmissões. Em seu site, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos diz que esta não é a principal forma de transmissão do vírus. Mas novas evidências, incluindo este estudo, estão começando a apontar que o contrário pode ser verdade.

Se de fato os casos assintomáticos estiverem causando um grande número de infecções, isso indica que a estratégia de identificar e isolar apenas pacientes sintomáticos não é efetiva. O isolamento social (evitar ao máximo sair de casa e ficar longe de grandes aglomerações, independentemente do estado de saúde) é a melhor saída. É o que vem sendo adotado na maioria dos países que já estão em estado grave ou estão se preparando para o futuro, como o Brasil. Por aqui, o Ministério da Saúde orienta que aglomerações de pessoas sejam evitadas ao máximo e eventos de grande porte já estão sendo cancelados. Com informações do site SuperInteressante

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