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Brasília

Mães que cuidam da área ambiental no DF

Servidoras do Brasília Ambiental relatam contribuição da maternidade na gestão no Ibram

Redação Jornal de Brasília

14/05/2023 8h55

Foto: Divulgação

Neste domingo (14) comemora-se o Dia das Mães. E não se sabe se inspirado ou não pela hipótese Gaia – deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos – o Instituto Brasília Ambiental tem à frente de suas áreas de fiscalização e Unidades de Conservação duas mamães. Para elas, a maternidade tem parcela de contribuição na eficiência com a qual executam a política de meio ambiente do Distrito Federal.

A superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento (Sufam), Simone de Moura, 50 anos, mãe do João Vítor de 25 anos, ressalta que dentre os vários ensinamentos que a maternidade lhe trouxe, alguns são essenciais para o seu dia a dia profissional. ”O gerenciamento do meu tempo, por exemplo, precisa ser bem calculado para conseguir priorizar o que é importante e dar conta da vida multitarefas. E saber ser flexível nesse gerenciamento, afinal as mães precisam estar prontas para lidar com imprevistos e mudanças de planos a todo momento, assim como surgem imprevistos e urgências na fiscalização ambiental também”, explica.

Simone destaca que a liderança é uma habilidade que também foi melhorada com a maternidade, afinal estabelecer regras e orientar é muito natural para as mães. “E essa liderança me veio com boas doses de empatia, onde tento entender as necessidades e sentimentos das pessoas da minha equipe”.

A comunicação também é citada como ganho maternal para a vida profissional. ”Outro ensinamento importante da maternidade, aplicado a minha vida profissional, é ter uma comunicação clara, objetiva e eficaz. Explicar o que se quer, onde se pretende chegar e manter um espaço pra ouvir o outro, seja com os filhos, colegas de trabalho ou mesmo com os cidadãos que atendemos na Sufam”, compartilha Simone.

Segundo a auditora fiscal, ser mãe é uma das experiências mais complexas e reveladoras que teve. “Transformou minha vida, minha forma de ver as pessoas, o mundo e a mim mesma. Incumbiu-me a responsabilidade de pensar no mundo que quero deixar para eu filho e como posso contribuir para esse mundo”.

Natural

Para a agente de Undades de Conservação, a engenheira agrônoma Marcela Versiani, 39 anos, mãe da Lívia Versiani, 6 anos, e da Luana Versiani, 3 anos, e Superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon) do Brasília Ambiental, a ajuda que a maternidade dá a gestão é algo natural. “A maternidade transforma demais a mulher, traz uma consciência, uma maturidade que ajuda em outras áreas da vida. Então, naturalmente, essa experiência contribui muito com a minha prática de gestão nas Unidades de Conservação. Quero destacar que as duas vezes que engravidei fui muito acolhida pelos colegas do Brasília Ambiental, e isso foi maravilhoso”, conta.

Versiani enfatiza que esse acolhimento, esse apoio, ajuda na conciliação da maternidade com a gestão. “Temos outras mães dentro da equipe, e sabemos que, se uma mãe diz que precisa sair para algum cuidado com o filho(a), então, ela tem que sair porque o filho é a coisa mais importante que temos na vida”.

A engenheira também acrescenta que a maternidade a tornou mais capaz de se identificar com outras pessoas. “E toda vez que se consegue numa relação, seja ela qual for, e principalmente, numa relação de trabalho, ter mais empatia se consegue gerir melhor as pessoas. Isso traz um clima favorável e mais harmônico de convivência, o que contribui, entre outras coisas, para uma produtividade bem maior”, constata Marcela Versiani, primeira agente de UC a assumir a Sucon.

Compromisso

O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, endossa o posicionamento das servidoras gestoras e ressalta que é comum e positivo as mulheres/mães usarem de toda sua sensibilidade e compromisso, naturais da maternidade, nos seus cargos de gestão.

Nemer aproveitou a oportunidade e parabenizou a todas as mães, em especial as do Brasília Ambiental, que, segundo ele, trabalham para proporcionar qualidade de vida à população do Distrito Federal, pela passagem do Dia dedicado a elas. “Mães que nos ajudam a cuidar do meio ambiente, consequentemente, salvam vidas, e garantem um mundo melhor para seus filhos e para todos das futuras gerações”, disse.
Gaia – A hipótese Gaia foi elaborada pelo cientista inglês James Lovelock no ano de 1979, e fortalecida pelos estudos da bióloga norte-americana Lynn Margulis. Essa hipótese foi batizada com o nome de Gaia porque, na mitologia grega, Gaia era a deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos.

Segundo a hipótese, o planeta Terra é um imenso organismo vivo, capaz de obter energia para seu funcionamento, regular seu clima e temperatura, eliminar seus detritos e combater suas próprias doenças, ou seja, assim como os outros seres vivos, um organismo capaz de se autorregular. De acordo com a hipótese, os organismos bióticos controlam os organismos abióticos, de forma que a Terra se mantém em equilíbrio e em condições propícias de sustentar a vida.

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