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Brasília

“Justiça social é ter emprego”, diz Jarjour

Subsecretário quer ajudar empresários a superarem a crise financeira gerada pela epidemia do coronavírus

Catarina Lima

19/05/2020 5h41

A tarefa de ajudar os empresários do Distrito Federal, em especial os micro e pequenos, a superarem a crise financeira gerada pela epidemia do coronavírus, contará com experiência de Thiago Jarjour, um jovem empresário que começou a trabalhar aos 16 anos, como frentista nos postos de gasolina da família. Surpreso com o convite feito pelo governador Ibaneis Rocha para assumir uma subsecretaria em seu governo, afinal fez parte da equipe do ex-governador Rodrigo Rolemberg, Jarjour traz para a recém-criada secretaria de Empreendedorismo a experiência adquirida ao longo de 20 anos na iniciativa privada.

Assim como quando ganhou um macacão de frentista do pai e foi encarar seu primeiro emprego, Thiago se prepara para um desafio, só que desta vez bem maior. Mas ele prefere pensar na frase do primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, que esteve à frente de seu país na segunda guerra: “nunca desperdice uma boa crise”.

Redução de encargos

Embora ainda não estejam definidas as atribuições da subsecretaria a qual comandará, Thiago Jarjour defende não só para Brasília, mas também para todo o País mais facilidade na abertura de empresas, assim como a redução de encargos trabalhistas, que segundo ele só dificultam as contratações. “Não existe justiça social maior que ter um emprego, inclusive com o empregado escolhendo com quem ele quer trabalhar. Mas aqui o ambiente de negócio é ruim. Empresas de fora não trazem suas plantas de negócio para cá. As três esferas de governo precisam estar numa posição de facilitadores do empreendedorismo, desde do micro até o grande empresário”, avaliou o subsecretário.

A subsecretaria que Jarjour comandará ainda não está definida, mas nas conversas com os empresários locais ele já tem uma ideia do estrago nas contas das empresas causado pelos dias de paralização impostos pelo isolamento social. “No setor de combustíveis a queda foi em médica de 70%, podendo chegar a mais em alguns casos”, disse Thiago.

Segundo o subsecretário não haverá soluções econômicas imediatas e, sim, a médio e longo prazos, mas para isso todos os agentes precisam agir rapidamente. “Equipamentos de proteção (EPI) como face shields, antes produzidas por poucos, já estão sendo feitos aqui por impressoras 3D, assim como respiradores produzidos no Brasil a preços mais baratos. São as pessoas em buscas de soluções para a crise”, avaliou.

Estimativa de receita

O Governo do Distrito Federal estima que a frustração de receita com o Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS) este ano, devido à pandemia de coronavírus, será de R$ 1,3 bilhão. A estimativa inicial de arrecadação na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, aprovada pela Câmara Legislativa do DF (CLDF) era de que a arrecadação seria de R$ 8,7 bilhões de ICMS e R$ 2 bilhões de ISS. Numa estimativa realizada no início de abril, os técnicos da secretaria de Economia esperam que a arrecadação dos dois impostos seja de R$ 7,6 bilhões e R$ 1,8 bilhão, respectivamente.

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