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Brasília

Justiça mantém prisão de homem que atropelou advogada

O também advogado Paulo Ricardo Milhomem, 37 anos, atropelou a colega de profissão Tatiana Matsunaga na frente da casa dela, no Lago Sul

Willian Matos

26/08/2021 11h49

O Tribunal de Justiça (TJDFT), nesta quinta-feira (26), converteu em preventiva a prisão do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37 anos, que atropelou a também advogada Tatiana Machado Matsunaga, 40 anos, na frente da casa dela, na QI 19 do Lago sul, na manhã de quarta (25). A decisão foi tomada durante audiência de custódia.

Paulo Ricardo e Tatiana Matsunaga tiveram uma discussão de trânsito, que se iniciou na QI 15. De acordo com a Polícia Civil (PCDF), o advogado perseguiu a vítima até a entrada da casa dela. Tatiana estava no carro com o filho de 8 anos. A advogada parou o veículo em frente à residência e desceu. O marido dela, Cláudio Matsunaga, foi ao portão neste momento. As câmeras de segurança registraram quando Paulo engatou a marcha ré e depois acelerou na direção de Tatiana. A mulher foi arremessada, e o advogado passou por cima do corpo com o veículo.

O advogado fugiu do local. Ele se apresentou à 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) depois de atropelar a colega de profissão. A defesa alega que Paulo Ricardo desejava apenas sair da rua. As câmeras de segurança, no entanto, detalham o atropelamento. Cuidado: as cenas são fortes.

Estado estável

Tatiana foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) com traumatismo craniano, fratura da bacia e fratura exposta do tornozelo. Após passar a tarde em cirurgias no Hospital Brasília, a vítima se encontra na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Brasília.

De acordo com o último boletim médico, o quadro de Tatiana é estável, com doses baixas de medicamento para regulagem da pressão arterial. A advogada passou por tomografia de crânio pela manhã de hoje, e o resultado está “dentro do esperado”, afirma o hospital.

Paulo Ricardo é advogado trabalhista. Foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (seccional DF) recentemente — o resultado foi divulgado em janeiro deste ano. Em uma rede social, o defensor compartilhava notícias e fazia comentários no âmbito da profissão. Num dos posts, Paulo defendia melhorias para profissionais da saúde da linha de frente contra a covid-19.

Várias pessoas indignadas com o crime cometido pelo advogado foram ao perfil para demonstrar descontentamento com a atitude. “Acho impressionante alguém vir pagar de defensor da linha de frente contra a Covid-19 e atropelar uma mãe na frente do marido e do filho de 8 anos da maneira que você fez. Se vê que esses posts aqui não têm nada de humano, é somente por dinheiro mesmo”, escreveu um usuário. “Vai pagar caro”, resumiu outra.

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