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Brasília

Justiça condena médico por morte de nascituro

Na sentença, consta que “em vez de agir conforme a boa literatura médica, o denunciado prestou um atendimento incompleto

Redação Jornal de Brasília

24/02/2021 15h33

MPDFT

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

João Paulo de Brito
[email protected]

A justiça condenou um médico pela morte de um nascituro. De acordo com o processo, o obstreta foi negligente ao não solicitar que exames fossem realizados para investigar o motivo da gestante apresentar sangramentos, além de confirmar as condições de vida fetal durante o período do pré-natal.

Na sentença, consta que “em vez de agir conforme a boa literatura médica, o denunciado prestou um atendimento incompleto e essa falta foi determinante para a piora gradativa da vitalidade fetal, que culminou no óbito intraútero”. O juiz da 3ª Vara Criminal de Taguatinga acrescentou: “tinha plena consciência dos atos delituosos que praticou e era exigível que se comportasse de conformidade com as regras técnicas da sua profissão de médico”.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público, a paciente foi ao obstetra com sangramento intenso em 10 de setembro de 2014, com 34 semanas de gestação. Durante a consulta, ele realizou o toque, auscultou o batimento cardíaco fetal e receitou alguns remédios. Ao ser questionado sobre a necessidade de exames mais específicos, o condenado respondeu não ser necessário. No dia seguinte, o quadro se agravou, e a gestante, que estava com vômitos, febre e dores, entrou, novamente, em contato com o médico, quando recebeu a orientação de ir ao hospital.

No Hospital Regional de Ceilândia, foi realizada uma ecografia. O laudo apontou baixa frequência cardíaca fetal. Foi realizado um parto cesáreo de urgência, mas o bebê nasceu morto.

Com informações do MPDFT

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