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Brasília

Jardim Botânico oferece seis trilhas mapeadas para pedestres e ciclistas de todos os níveis. Todas abertas à visitação

O Guia S2 na Trilha visitou as rotas e mostra como desfrutar da biodiversidade da flora e fauna do Cerrado perto da área central de Brasília

Afonso Ventania

16/06/2023 7h41

O quarto e último episódio do Guia S2 na Trilha conferiu as seis rotas traçadas no Jardim Botânico de Brasília (JBB) para provar que para viver aventuras e sentir a adrenalina pulsando nas veias não é preciso ir tão longe.

Próximo do centro da capital federal, o JBB fica entre o Lago Sul e os condomínios do Jardim Botânico à cerca de 15 quilômetros da Praça dos Três Poderes. É muito acessível e oferece total segurança para os frequentadores.

Todas as trilhas são devidamente sinalizadas. Ao longo de pelo menos 25 quilômetros há informações sobre distância, tipo de vegetação, grau de dificuldade, acessibilidade e atividade a que se destina. A rota mais curta tem 345 metros e a mais longa 12 quilômetros. Pelo menos três percursos são indicados aos ciclistas.

Durante o rolé, os empresários Abdou Ghazal, Daniel Humberto e Paulo Galvão curtiram single tracks muito técnicos com raízes proeminentes, curvas fechadas e alguns estradões de terra mais abertos. Ao contrário das demais trilhas exploradas pelo Guia S2 na Trilha, a altimetria no JBB é muito suave. “É um espaço muito democrático. O ciclista ou a ciclista pode vir aqui para fazer um treino mais forte e técnico ou pode pedalar com a família”, diz Abdou.

Ao longo de toda a manhã, os ciclistas visitaram o Mirante, o Jardim Japonês, o Anfiteatro, o Horto Medicial, o Orquidário e outras atrações do JBB. Descobriram até que existe a biblioteca do Cerrado com obras sobre o tema e que fica no Mirante. Eles também perceberam pegadas de animais silvestres e admiraram a vegetação típica do Cerrado. Em alguns trechos há muita sombra mas, na maior parte do tempo, ele enfrentaram o forte calor e a baixa umidade. Não esqueça de levar água e usar protetor solar.

O guia oficial do grupo foi o ex-paraciclista Paulo Galvão. Depois de perder e a perna esquerda em um acidente automobilístico, Paulinho, como é conhecido, descobriu uma nova paixão no ciclismo. Morador da região, ele frequenta assiduamente o JBB e conhece muito bem cada rota. “O ambiente é para todas as idades e oferece trilhas urbanas de diversos níveis. Muito perto do centro de Brasília e o ciclista pode usar qualquer tipo de bicicleta”, explica.

Apesar da deficiência, Paulinho demonstrou muita técnica e condicionamento físico. Passou obstáculos que apenas ciclistas mais habilidosos e preparados conseguem superar.

Os ciclistas utilizaram bicicletas aspiradas (não motorizadas) e elétricas de pedal assistido da Sense (ver vídeo). São experiências diferentes e super divertidas. E segundo a representante da marca, a S2 Bike Shop, na 412 Sul, qualquer um pode viver a mesma sensação. É só entrar em contato no instagram da loja (@s2brasilia) e agendar dia e horário para testar as bicicletas.

Leitura da paisagem

Além de proporcionar lazer, esporte e aventura, as trilhas são espaços de leitura da paisagem para a construção de valores e tomada de atitudes em relação à natureza. Sobretudo no que diz respeito à preservação.

O principal objetivo da interpretação desses espaços, segundo o Manual Técnico Darwin para Jardins Botânicos, é estimular o visitante a conhecer e respeitar as plantas, conscientizando-o a respeito de sua importância para o equilíbrio ecológico e o bem-estar social.

Para desfrutar e conhecer a biodiversidade da fauna e flora do Cerrado, é cobrada uma taxa simbólica de entrada, R$ 5,00 (em dinheiro), de terça-feira a domingo, inclusive feriados, das 9h às 17h, com entrada permitida até às 16h30. A entrada é gratuita para pedestres e ciclistas entre 7h30 e 8h50.

Crianças até 12 anos incompletos, pessoas com deficiência e maiores de 60 anos estão isentas de pagamento de ingressos.

Confira abaixo mais detalhes sobre as trilhas:

  • Tamanduá-bandeira (disponível ao ciclista): são 12 quilômetros adequados para ciclismo e caminhada. O percurso se inicia em meio à vegetação de Cerrado densa e outras fitofisionomias farão companhia aos visitantes, como campos sujos, cerrados mais ralos e mata de galeria do contorno do Córrego Cabeça de Veado. Essa trilha percorre as bordas da área de visitação e apresenta toda a riqueza e diversidade do JBB.
  • Tamanduá-mirim (disponível ao ciclista): são 4,25 quilômetros para ciclismo e caminhada. O início e o fim se dão no Centro de Visitantes. E a trilha passa por estradas de terra e pista asfaltada, percorrendo diferentes paisagens e terrenos.
  • Trilha Mater (disponível ao ciclista): são 4,53 quilômetros para ciclismo e caminhada. Esta é a primeira trilha do JBB. É toda asfaltada e com acessibilidade. Também cobre diferentes vegetações, com destaque à diversidade de árvores típicas do Cerrado. O trajeto conta com identificação botânica e proporciona uma visitação autoguiada.
  • Horto Medicinal: são apenas 345 metros, apenas para caminhada. A coleção implantada por técnicos do JBB buscou na literatura informações sobre uso terapêutico de espécies do Cerrado. A trilha está inserida em uma densa área de vegetação nativa e conta com 100 espécies medicinais identificadas.
  • Trilha Ecológica: são 3,83 quilômetros apenas para caminhada. O percurso passa por diferentes fitofisionomias do Cerrado, como a nascente do Córrego Cabeça de Veado, e é uma das trilhas mais propícias para ver animais como tamanduá-bandeira, tatu e veado.
  • Trilha Krahô: são 1,84 quilômetro para uma caminhada leve. Compartilha parte de seu trajeto com a Trilha Ecológica e o percurso é um reconhecimento à importância do povo Krahô, nossa cultura ancestral. Nela, em meio à vegetação nativa, o visitante poderá ver espécies introduzidas por orientação do consultor Feliciano Krahô, contratado pelo projeto para a sua idealização.

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