O Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) é alvo de mais uma operação policial nesta quinta-feira (26). Desta vez, é a Polícia Civil (PCDF) a responsável pela ação, batizada de Operação Medusa.
A PCDF apura contratações supostamente fraudulentas de empresa que presta serviços de radiologia e imagem. Os delitos teriam ocorrido no início da criação do Iges-DF. Agentes cumprem hoje oito mandados de busca e apreensão em residências de servidores do instituto e em endereços ligados à empresa investigada, sendo quatro ordens no Distrito Federal e quatro em Goiânia-GO.
Os contratos que estão sendo investigados teriam sido firmados sem elementos técnicos fundamentais. Não se especificou, por exemplo, que tipo de serviço a empresa forneceria ao Iges-DF, o que pode gerar despesas maiores do que o necessário aos cofres públicos. A PCDF afirma ainda que o instituto teria favorecido a empresa contratada no processo licitatório.
De acordo com a corporação, embora o Iges-DF não esteja restrito à Lei de Licitações e Contratos, todo acordo fechado pelo instituto precisa ser pautado nos princípios gerais dos gastos públicos. “No entanto, as investigações demonstram que diversos contratos restaram eivados de problemas na elaboração dos Elementos Técnicos dos Atos Convocatórios”, afirma a PCDF.
As investigações começaram a partir de informações colhidas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal (ProSus/MPDFT). A Polícia Civil de Goiás (PCGO) auxiliou a corporação do DF no cumprimento dos mandados nesta manhã.
O Iges-DF não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.