Catarina Lima e Guilherme Gomes
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Nesta quinta-feira (19), a greve dos servidores da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) completa quatro meses. Sem previsão para acabar, os passageiros do DF reclamam de lentidão e trens lotados.
Sobre a extensa greve dos metroviários da capital, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que espera a liberação do Tribunal de Contas do DF para entregar o metrô a iniciativa privada.
“Infelizmente é uma greve política contra a concessão. Aguardamos a liberação do Tribunal de Contas para que a gente possa fazer, no modelo de concessão, a entrega do metrô a iniciativa privada. Isso vai trazer melhorias para a população que mais sofre com essas greves anuais dos metroviários do DF”, afirmou Ibaneis Rocha.
Greve dos metroviários
Com a paralisação, decretada em assembleia virtual no dia 19 de julho, os metroviários reivindicam a retomada do auxílio-alimentação, de R$ 1,2 mil, do plano de saúde dos servidores e “o cumprimento da decisão judicial de 2019”
“A empresa se recusa a manter o direito dos empregados, se recusa a assinar nosso Acordo Coletivo de Trabalho se aproveita da demora da justiça para prejudicar cada vez mais os metroviários”, disse o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô-DF)
Em contrapartida, o Metrô-DF disse que tem feito todos os esforços possíveis para atender as demandas dos metroviários. Afirmou ainda que um novo acordo foi proposto, mas os metroviários não aceitaram.
Desde abril, o Metro-DF circula com a frota de trens reduzida. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em dias úteis, 80% dos trens atendem passageiros em horários de pico, e 60% em horários de menor movimento.