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Brasília

Homem morre após ser esfaqueado na EPNB

Igor Viana, 29 anos, foi golpeado às 0h20 de ontem. Bombeiros tentaram reanimação, mas o rapaz não resistiu

Pedro Marra

10/03/2020 8h44

Por volta de 0h20 da madrugada de ontem, o DF teve mais um crime por esfaqueamento. O caso ocorreu próximo a uma passarela da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), no sentido do Riacho Fundo. A vítima foi identificada como Igor Alves Viana, de 29 anos, que teve parada cardiorespiratória. O rapaz sofreu uma perfuração no abdômen, e foi atendido pelo Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), mas não resistiu ao ferimento e morreu no local.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atuou na ocorrência junto 21º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) do Riacho Fundo I, que usaram duas viaturas, 13 militares, além de um helicóptero. A equipe tentou reanimação cardiopulmonar, mas não foi o suficiente para salvar a vida de Igor.

A investigação ficou à cargo da 21ª Delegacia de Polícia (DP), de Taguatinga Sul, que trata o crime como homicídio. Até a publicação desta matéria, nenhum suspeito foi identificado.

O delegado-chefe da unidade, Luiz Alexandre, aconselha que em abordagens de criminosos com faca na mão, a orientação é não reagir. “Não tem como reagir à faca, até porque é mais perigoso que arma de fogo. O que a gente aconselha é que a pessoa não reaja. Mas ainda assim, as pessoas estão reagindo, e estão sofrendo facadas. Um exemplo é o professor esfaqueado na parada de ônibus do Pistão Sul. Ele não reagiu, e mesmo assim o criminoso esfaqueou. Não tem um ponto específico para crimes de arma branca. Está tudo espalhado atualmente”, comenta o investigador.

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Marcelo Abreu, o crime de arma branca foi motivo de atendimento dos bombeiros em diversas outras regiões do DF, além do Núcleo Bandeirante. “Tivemos pelo menos três ocorrências desde a madrugada de hoje. Algumas em diversos pontos do DF nesta madrugada: 109 Norte, Taguatinga, Santa Maria, São Sebastião e o Núcleo Bandeirante. Esses crimes têm acontecido com certa frequência”, conta o militar.

“Ele não era muito de sair”

Amiga de Igor desde os 8 anos, a enfermeira Viviane Galvão, de 37, conta que ele era dono de uma barbearia na região. Ela disse ter visto o rapaz pela última vez no sábado, quando tinha acabado de cortar o meu cabelo. “No sábado, o vi na rua pelo centro do Núcleo Bandeirante. Ele tinha tanto para viver. É lamentável”, lamenta a amiga do rapaz.

Ela traça um perfil de Igor. “Ele era um garoto da paz, muito tranquilo e trabalhador. Ele havia acabado de terminar o Ensino Médio. Tinha uma filha linda de 4 ou 5 anos se não me engano. Não era envolvido com nada errado. Mas muito conhecido no Núcleo Bandeirante. Ele não era muito de sair. Fiquei sabendo que ele estava voltando da casa de uma namorada [perto da hora do crime]. Ele era muito caseiro. Os eventos dele eram mais de sair para comer”, explica Viviane.

De acordo com balanço da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), Núcleo Bandeirante teve apenas um homicídio em janeiro deste ano. O levantamento traz dados atualizados até o último dia 3 de fevereiro.

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