Por: Carolina Freitas e João Victor Rodrigues
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Na última quarta-feira (14), policiais da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) efetuaram a prisão de um homem de 55 anos sob acusação de estupro de vulnerável. O indivíduo, identificado como um antigo amigo da família, tentou agredir sexualmente a filha de amigos, uma criança de apenas 7 anos.
Conforme informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o pai da menina dirigiu-se à unidade policial para relatar o crime cometido pelo homem, que mantinha vínculos de amizade de longa data com a família.
Após analisarem as imagens capturadas, os agentes deslocaram-se até a residência do agressor e efetuaram sua prisão em flagrante.
O indivíduo em questão é esposo de uma pastora e mantinha uma relação de amizade com a família da vítima há mais de duas décadas. De acordo com os investigadores, ele já era alvo de investigações por outro caso de estupro, envolvendo uma adolescente de 13 anos.
Ao Jornal de Brasília, a delegada-chefe da 6ª DP, Iris Helena, afirmou que o vídeo ajudou para que a prisão fosse realizada o mais rápido possível: “Esse é um tipo de crime muito difícil de comprovação. Sendo praticado contra uma criança tão nova fica ainda mais complicado. Então a gravação ocasionou em uma ação mais efetiva da polícia, com a prisão do suspeito ainda na quarta-feira”.
A delegada informou que o homem já estava sendo investigado por outro estupro de vulnerável: “Agora ele já está sendo indiciado também por um outro estupro de vulnerável cometido em 2023, contra uma menina de 13 anos. Este novo caso e as informações que nós já tínhamos resultaram na confirmação de que este homem já agiu assim por outras vezes. No caso da menina de 13 anos, ele a assediou mais de uma vez e chegou a tocar nela uma vez”.
À reportagem, Iris explicou o que se caracteriza um estupro, e como os pais devem ficar atentos aos sinais dos seus filhos. “Quando olhamos o Código Penal qualquer tipo de contato lascivo já entra no estupro. Quando é contra uma criança a pena é majorada. O estupro hoje não é somente a consumação da conjunção carnal. O ato de pedir para a pessoa tirar a roupa ou qualquer contato lascivo na vítima já é caracterizado como estupro”, disse.
“A questão da violência sexual contra a criança e adolescente na grande maioria dos casos acontece no meio familiar ou de pessoas próximas a família. Os pais devem observar o comportamento da criança e a forma como as pessoas que fazem parte do convívio dessa criança tratam ela. O estupro de vulnerável é um crime difícil, mas ele deixa evidências no comportamento da criança”, completou a delegada.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), no ano passado houve uma redução de 6,4% nos casos de estupro de vulnerável na capital. Mas os números ainda são altos. Em 2023, foram registradas 587 ocorrências relacionadas a esse tipo de crime. Já em 2022, foram 627 registros.
