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Brasília

Greve de terceirizados provoca falta de insumos básicos de higiene em hospitais

A paralisação dos trabalhadores do setor de limpeza podem colocar em risco os pacientes e funcionários de centros de saúde

Redação Jornal de Brasília

14/09/2021 18h26

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Elisa Costa
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Na última segunda-feira (13), cerca de 800 profissionais terceirizados da limpeza na rede pública de Saúde do DF entraram em greve porque não receberam seus salários. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), declarou nesta terça-feira (14), que foi já feita a liberação de alguns recursos e que os funcionários devem ser pagos o mais rápido possível.

“Houve a necessidade de análise de todos os processos, mas vamos fazer isso com a maior rapidez possível”, declarou o governador. Em entrevista na segunda-feira, o secretário de Saúde do DF, Manoel Luiz Narvaz afirmou que os problemas financeiros seriam resolvidos até o dia 15, porém, a assessoria da Secretaria de Saúde informou posteriormente, que será realizada uma reprogramação orçamentária para cumprir os pagamentos das empresas prestadoras de serviços, sendo que uma empresa de segurança deve receber seus recursos nesta quarta-feira (15) e as demais, incluindo as empresas de limpeza, até o final desta semana.

Apesar da pressa, os hospitais e postos de saúde da capital sofrem com a falta de higienização. No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), foi registrado em vídeo um paciente usando uma caixa de papelão para ir ao banheiro, pois não havia papel higiênico disponível.

O enfermeiro Hugo Bicalho, que trabalha na rede pública de saúde do DF, contou que faltam insumos básicos, como papel toalha e até mesmo sabão para higienizar as mãos: “Parece besteira, mas isso faz total diferença, ainda mais em tempos de pandemia, porque impacta diretamente a contaminação e transmissão de infecções cruzadas. Quanto mais você higieniza as mãos, menos risco de pegar infecções você tem dentro do ambiente hospitalar e isso vale para todo mundo que frequenta ou trabalha nesses locais”.

Hugo destacou a preocupação dos profissionais da saúde quanto ao problema: “Na área de saúde a gente não economiza insumos, porque se economizarmos insumos a assistência perde a qualidade e colocamos em risco a vida do paciente. O que fazemos é o uso racional de insumos, mas para fazer isso também precisamos de uma quantidade mínima disso. A higienização é um divisor de águas dentro da história da saúde mundial, porque sabemos que lavando a mão o nível de transmissão de doenças cai absurdamente”.

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